Racks de data center ao fundo mulher de costas com sacolas de compras.

Varejo: entenda por que o Data Center é vital para a sustentação do e-commerce

Leitura de 11 minutos
28/07/21

Historicamente, o varejo se mantém como uma das atividades mais importantes para a economia global. E se a Covid-19 impactou os mais diversos setores, também revolucionou, definitivamente, o jeito de fazer compras.

Com o isolamento social, o consumo online se tornou um hábito e deve permanecer no dia a dia das pessoas, mesmo após a normalização no atendimento das lojas físicas. De acordo com dados do SpedingPulse, índice macroeconômico publicado anualmente pela Mastercard, o e-commerce representou 11% das vendas do varejo no Brasil em 2020 – 75% acima dos 6% registrados antes da pandemia.

Assim, a digitalização do varejo e a aceleração do comércio eletrônico foram a tábua de salvação para diversos varejistas, restaurantes e outras empresas de todos os portes. Nesse sentido, o levantamento ainda indica que a mudança para o meio digital promete ser permanente, em especial em casos como do setor de alimentos, no qual a alta de 70% a 80% nas vendas online deve permanecer no pós-crise.

Enquanto os consumidores precisaram ficar em casa, seu dinheiro pôde continuar movimentando a economia local e global, graças ao e-commerce.

Estanislau Bassols,
gerente-geral da Mastercard Brasil

Para 2021, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o Comércio varejista, no geral, alcance uma alta de 4,5% nas vendas, a maior taxa em nove anos.

E nessa transição, o varejo não apenas se beneficiou enormemente da tecnologia, mas entendeu como a conectividade – e, em especial, os centros de processamento de dados – desempenham papel vital para a sustentação de suas operações digitais.

Hoje, qualquer empresa que pretenda expandir sua operação de logística ou desenvolver uma plataforma de e-commerce deve prestar muita atenção à segurança, à qualidade da conexão de internet e, principalmente, ao desempenho de sua infraestrutura de data centers.

Mas como fazer tudo isso?

Siga na leitura desse artigo e saiba como a contratação de modernos serviços de data center, como o Colocation, são capazes de assegurar o pleno funcionamento de uma arquitetura híbrida essencial para o varejo online.

O que são data centers?

Antes de nos aprofundarmos nas dicas dos especialistas ODATA para a aplicação de soluções digitais no varejo, vale a pena entender melhor uma das infraestruturas tecnológicas mais essenciais e críticas para uma organização: o data center.

Um data center consiste de uma instalação física utilizada para hospedar sistemas e dados críticos. Mais especificamente, é baseado em uma rede de recursos de computação e de armazenamento, que suporta a entrega de aplicações e dados compartilhados.

Dessa maneira, os principais componentes inerentes ao design de um data center incluem infraestruturas redundantes de energia elétrica, refrigeração e comunicação. Além deles, um sistema robusto de segurança e equipamentos de TI responsáveis por suportar todo o negócio.

Tipos de data center adequados ao varejo

Considerando suas funções, os data centers hospedam as infraestruturas web e de back-end que executam as instalações online de uma empresa. Em outras palavras, os data centers estão no centro de todas as transações – desde os servidores e equipamentos de computação que executam a aplicação à rede que interconecta os provedores aos usuários.

Quando olhamos para o âmbito empresarial, pode-se dizer que a arquitetura de um data center corporativo consiste de vários data centers, cada um com a atribuição específica de sustentar funções-chave. E, desse modo, tais estruturas podem ser classificadas em três tipos principais: internet, extranet e intranet:

  • A Internet oferece suporte aos servidores e dispositivos necessários para aplicações Web de comércio eletrônico na rede do data center corporativo. Em alguns casos, os servidores de Internet são completamente isolados do resto da rede no nível físico. Isso significa que esses servidores estão diretamente conectados ao data center da intranet por um conjunto separado de links não roteáveis, sem nenhum caminho físico disponível para qualquer outra parte da rede;
  • A extranet suporta transações business-to-business na rede do data center corporativo. Tais serviços são, geralmente, acessados por meio de conexões VPN seguras ou links WAN privados;
  • Já a intranet mantém os aplicativos e serviços em uma rede de data center on-premise. Normalmente oferece suporte a funções de back-office, tais como Jurídico, Marketing e RH, além de Pesquisa & Desenvolvimento e Folha de Pagamento, entre outras funções de negócio essenciais.
e-book: Leia sobre os fundamentos para escolher a melhor infraestrutura de Data Center para sua empresa

O papel do data center no varejo

É inegável que todos os setores se beneficiaram da transformação digital acelerada do mercado global. Mas no varejo, em especial, as empresas que reforçaram sua estrutura para a operação online, lançaram um e-commerce ou firmaram parceria com plataformas de marketplace puderam continuar suas atividades durante a pandemia, mesmo quando os clientes estiveram isolados em casa.

Seja para habilitar as vendas pela internet, para o relacionamento com o consumidor ou para suportar toda a operação por detrás das telas, o data center é a estrutura que funciona como um coração tecnológico, ancorando todas as aplicações necessárias ao desenvolvimento das atividades diárias. Veja alguns exemplos:

1. No e-commerce

Agora que o consumidor se habituou à comodidade das compras pela internet, naturalmente espera que os vendedores mantenham a facilidade do online como opção à compras no meio físico.

Ou melhor, que essa experiência seja fluída em ambos os meios, seja iniciando a aquisição pelo site e retirando em loja ou provando o produto no ponto de venda, concluindo o pagamento no aplicativo do celular e recebendo em casa. A essa experiência dá-se o nome de omnichannel.

Conseguir prever o comportamento do cliente e responder a um novo conjunto de necessidades – mais omnichannel do que nunca – será o elemento fundamental para construir relacionamentos duradouros e positivos.

Augusto Puliti
sócio da área de Customer Experience da KPMG no Brasil

Em termos de estrutura tecnológica operacional, é por meio do data center que a empresa estabelece a capacidade do cliente acessar seu e-commerce, de “adicionar o produto ao carrinho” e “pagar online”. E isso nunca foi tão conveniente.

2. Logística

Um levantamento realizado pela Ebit | Nielsen apurou que o e-commerce atraiu 13 milhões de novos clientes em 2020. Contudo, o relatório destacou a insatisfação de uma parcela dos entrevistados (15,2%) com o prazo de entrega.

Esse dado comprova que a aceleração das operações digitais demanda não apenas o aporte tecnológico na estrutura do site, mas também exige adaptações na logística. Em especial, aos processos de gestão de estoque e às entregas, que estão diretamente relacionadas à experiência do usuário.

Por esse motivo, ao pensarmos nas operações de back-end, o inventário é, muitas vezes, o pesadelo de todo varejista.

Isso porque, depois que o cliente efetua a compra e o pedido é registrado pelos sistemas da empresa, controlar a exata quantidade e a descrição de cada item no estoque, o que está sendo vendido e o que deve ser reposto pode ser o fator decisivo entre fidelizá-lo ou perder a próxima venda.

Como exemplo, o RFID (do inglês “Radio-Frequency IDentification”) aplicado em cada peça permite rastreabilidade e contagem dos itens em tempo real. Com isso, a atualização do inventário permite que algoritmos inteligentes realizem previsões de demandas. Assim, pode-se abastecer o e-commerce e as lojas físicas com a quantidade de produtos exatos, mantendo estoque mínimo, maior giro e melhor uso do capital.

Boa gestão de estoque, disponibilidade e rapidez no acesso às informações podem ser a diferença entre uma jornada de compra bem-sucedida ou não. E todo esse processo, necessariamente, passa pela estrutura do data center.


LEIA MAIS: 10 mitos e verdades sobre Data Centers remotos


Como os varejistas podem potencializar seus data centers

Em todo o mundo, varejistas de sucesso estão migrando sua infraestrutura de data centers para instalações remotas, como a nuvem e os edifícios de colocation, visando tirar o melhor proveito dos benefícios que um parceiro especializado oferece.

O gerente de produto e portfólio da ODATA, Eliel Andrade, ressalta que, para aprimorar sua operação de e-commerce, o primeiro ponto a ser priorizado é assegurar a resiliência da rede. “Para isso, buscar um provedor especializado é o ideal. Sua infraestrutura robusta poderá entregar confiança e um SLA elevado, evitando interrupções no serviço e qualquer impacto à a estrutura do cliente”, explica.

Além desses, o especialista elenca outros 4 atributos essenciais ao data center, para que o varejista seja capaz de se adaptar rapidamente às novas necessidades de negócios, como:

e-book como migrar seu Data Center para o Colocation

Além disso, o setor varejista ainda pode contar com as instalações de Colocation para hospedar sites de Continuidade de Negócios (BC), servindo como backup dos recursos de TI. Isso significa que, caso a sede da empresa venha a ficar offline, o data center de BC pode servir como espelho para as operações comerciais ininterruptas.

Usando uma infraestrutura altamente confiável e disponível, os data centers de Colocation garantem que a rede e os componentes de TI do varejo continuem funcionando sem qualquer tipo de indisponibilidade, com eficiência 24/7“.

Eliel Andrade
gerente de produto e portfólio da ODATA

Adicionalmente, o varejo pode se beneficiar de data centers neutros em operadora, capazes de conectá-los automaticamente a qualquer Provedor de Serviços de Internet (ISP). Isso significa que, caso o link do ISP principal venha a cair, um data center carrier neutral pode simplesmente mudar automaticamente a conexão do cliente a outro provedor.

O downtime (ou tempo de inatividade) é uma das piores coisas que podem acontecer aos negócios online. Além de perder vendas, sua reputação aos olhos dos clientes também será impactada“, lembra Andrade, enfatizando a importância de se manter a presença online ininterruptamente.


LEIA MAIS: Entenda porque a recuperação de desastres é ainda mais importante no pós-crise


Flexibilidade para atender a demanda em datas especiais

Considerando que os clientes esperam que as lojas online ofereçam uma experiência de compra estável e sem complicações, principalmente em datas de grande volume de acessos, como a Black Friday e o Natal, o varejista deve se atentar ao tempo de atividade 24 horas por dia, 7 dias por semana, assim como com a conectividade confiável.

“Organizações cuja infraestrutura de TI não consegue suportar um grande volume de consumidores simultaneamente, em especial durante picos de vendas ou de campanhas promocionais, podem sofrer com longos tempos de carregamento, prejudicando a experiência do cliente”, explica Eliel Andrade. “Ao aproveitar os serviços de um data center de Colocation, no entanto, pode-se alcançar o nível de flexibilidade adequado para resistir a esse obstáculo”.

Isso porque a rede robusta e flexível de um provedor especializado pode facilmente escalar para cima (ou para baixo) as necessidades de processamento e, consequentemente, poderá lidar com a demanda transacional do aumento do tráfego e envolvimento da web.

Assim, a largura de banda e a interconexão também podem ser ajustadas sob demanda, de modo que as instalações online não tenham gargalos.

Segurança no pagamento é primordial ao e-commerce

A segurança é um atributo fundamental ao modelo de negócio ancorado no comércio eletrônico, seja na confiabilidade da entrega, na proteção dos dados pessoais, conforme prevê a LGPD, ou no pagamento.

Nesse processo, o cliente não apenas acredita que você descreveu no site o produto com precisão e que o enviará corretamente no prazo acordado, mas também que seus detalhes de pagamento serão transmitidos e cuidados adequadamente.

Para mitigar esse problema, um data center de colocation, como o DC ODATA SP01, mantém a certificação Payment Card Industry – Data Security Standard (PCI-DSS) – que é mais importante do que nunca, agora que as sanções da LGPD começarão a serem aplicadas.

Além disso, em conjunto com aplicações de nuvem, podem oferecer medidas de segurança superiores para proteger o data center de ataques DDoS, evitando a perda da confiabilidade do seu site.


LEIA MAIS: Como evitar ciberataques aos pagamentos virtuais: entenda a importância da certificação PCI-DSS


Conclusão

As compras online estão eclipsando o varejo físico por uma infinidade de razões – e a principal delas é a conveniência. Essa mudança nos hábitos de compra do consumidor, que espera uma experiência fluída do presencial ao online, criou uma grande oportunidade para os varejistas estabelecerem sua presença online, para impulsionar vendas e o crescimento do negócio.

E, inegavelmente, os clientes têm uma experiência digital mais fácil e segura graças ao suporte dos data centers. Sem infraestruturas de dados robustas, pode ser difícil para o setor superar o crescimento que vem experimentando nos últimos meses.

Desse modo, as empresas que gerenciarem com eficácia sua infraestrutura de TI, com a ajuda de um provedor de serviços de data center especializado e confiável como a ODATA, liderarão o setor tanto em receitas quanto na mente do consumidor.

A ODATA conhece bem as necessidades do setor de varejo. E, para atendê-las, oferece soluções de colocation em uma infraestrutura de data center sob demanda, atendendo aos requisitos para a efetivação de seus processo de venda.

Suas instalações foram projetadas para suportar as condições mais adversas, capazes de resistir a ventanias, tempestades, enchentes e outros eventos imprevistos, que podem colocar os sistemas do varejo em risco.


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