Entenda porque a recuperação de desastres é ainda mais importante no pós-crise
Leitura de 10 minutosCom boa parte das economias da América Latina começando a dar sinais de retomada, será que já é hora de desacelerar a realização dos planos de recuperação de desastres?
Neste artigo, nós mostraremos que não.
Sabemos que a condução e o aprimoramento de uma estratégia de disaster recovery (DR) bem-sucedida nunca é fácil. E, claramente, a Covid-19 adicionou desafios impensados até mesmo pelos gestores de Data Centers, tão habituados à contenção de emergências.
Na realidade, a pandemia provou que a recuperação de desastres é uma atividade indispensável às organizações de todos os tipos e tamanhos e que deve ser conduzida de forma contínua.
Mas pensando mais especificamente no âmbito da TI, como as necessidades dos Data Centers empresariais evoluíram nessa frente durante a crise?
Neste artigo, trazemos um checklist com seis recomendações dos especialistas da ODATA para elaborar seu plano de recuperação de desastres, protegendo seu Data Center (e, consequentemente, toda a sua organização) dos mais diversos tipos de catástrofes.
Como as necessidades dos Data Centers empresariais evoluíram durante a pandemia
Inegavelmente, a pandemia foi um teste de estresse imediato – e, como todo mundo, as empresas tiveram que se adaptar, acelerando seus investimentos no processo de transformação digital.
Em especial na operação dos Data Centers, muitas organizações foram, compreensivelmente, pegas desprevenidas, tentando compensar o aumento da demanda por conectividade, o máximo possível, diretamente nas aplicações e na própria estrutura local.
Contudo, sabemos que uma ação direta na arquitetura da informação, visando o aprimoramento da eficiência operacional – inclusive considerando-se a migração para uma estrutura carrier neutral, como os edifícios de Colocation, mesmo em meio à crise -, seria certamente mais eficaz para melhorar a experiência do usuário (UX).
Mas o que esperar nos meses que vêm aí?
Um fato interessante a se observar nos próximos dois anos é o modo como a arquitetura corporativa promete mudar, em resposta a uma força de trabalho mais distribuída no longo prazo. Isso porque muitas companhias estão optando por não retornar completamente ao escritório, mantendo o trabalho remoto (ou, pelo menos, o modelo híbrido) como algo perene.
Isso está levando muitos a se mudarem para fora das capitais, já que o deslocamento para o trabalho não será mais uma obrigação. Assim, cada vez mais, a empresa precisará se parecer mais com o consumidor médio, que compra, se relaciona e usa conteúdo virtualmente.
Os provedores de serviços de Data Center identificaram rapidamente essas mudanças e foram capazes de responder com mais opções, mais flexibilidade e mais automação, permitindo que seus clientes gerenciassem todas as suas implantações remotamente, por meio de um único painel.
Hoje, os Data Centers estão processando mais cargas de trabalho, mais dados, mais vídeos, mais aprendizado de máquina e servindo como facilitadores para a evolução global nos negócios, mesmo em organizações menores ou mais regionais.
Assim, estão se tornando parte de uma rede provedora de capacidade, de conectividade, de energia e de proximidade, o que está habilitando as empresas a aproveitarem a localização, a escala e a economia que melhor funcionam para elas.
Vemos essas tendências se acelerando nos próximos meses. E à medida que esse movimento se intensificar, inegavelmente o plano de recuperação de desastres do Data Center deverá ser não apenas mantido, mas aprimorado continuamente.
LEIA MAIS: Como um Data Center Neutro pode garantir sua conectividade em tempos de crise
O que é recuperação de desastres?
As ameaças à operação de um Data Center ocorrem em uma variedade de formas e formatos. Podem variar de pequenos incidentes, como interrupções de curto prazo no fornecimento de energia ou a modificação não intencional de dados, a desastres graves, como ataques cibernéticos, destruição de equipamentos ou incêndio.
Para minimizar a perda de dados e restaurar as operações normais de negócios no menor tempo possível, a empresa precisa de uma política de recuperação de desastres eficaz. A ideia é pensar no futuro e preparar os recursos necessários antes que um desastre real aconteça.
Contudo, antes de adentrarmos nas especificações do que efetivamente consiste um bom plano de mitigação e restauração pós-crise, vamos entender a recuperação de desastres sob a perspectiva de um centro de processamento de dados.
De um modo geral, a recuperação de desastres (ou disaster recovery, como é amplamente conhecido o termo em Inglês), é o planejamento organizacional para retomar as operações empresariais após um evento inesperado, capaz de danificar ou destruir dados, software e sistemas de hardware.
A maioria das organizações profissionais investe, de alguma forma, em serviços de proteção de dados como parte integrante do plano de recuperação de desastres do Data Center, geralmente utilizando-se de um serviço de backup, redundância e restauração para proteger dados essenciais ao negócio.
Dessa forma, grandes organizações profissionais geralmente gastam uma parte significativa de seu orçamento em planos de disaster recovery do Data Center, a fim de evitar perdas potencialmente incapacitantes na receita, que podem resultar da inabilidade de conduzir operações após determinado incidente crítico.
LEIA MAIS: Disaster Recovery: saiba por que o Colocation é essencial para evitar prejuízos em crises
De que, exatamente, consiste uma política de recuperação de desastres?
Embora seja impossível eliminar totalmente os riscos, uma estratégia eficaz de recuperação de desastres pode ajudá-lo a controlar uma catástrofe e reduzir a perda de receita. Desse modo, o objetivo de uma política de recuperação de desastres é definir os ativos da empresa e um algoritmo de atividades necessárias para protegê-los.
Para isso, a primeira etapa é determinar quais processos e dados são essenciais para o seu negócio. O termo “ativos” é bastante amplo e pode se referir a hardware e equipamentos, aplicações e bancos de dados ou até mesmo funcionários.
Mais precisamente, você deve definir o escopo de sua política de recuperação de desastres (ex: sistemas de tecnologia da informação, softwares, bancos de dados, recursos de rede e outros ativos que sua empresa necessita para manter as operações).
Assim, o desenvolvimento de uma estratégia de recuperação de desastres do Data Center pode incluir:
- Uma avaliação completa do impacto no negócio, para determinar quais custos estão associados à perda de sistemas críticos;
- Um conjunto de objetivos de recuperação para determinar a janela de tempo máximo de inatividade, antes de voltar a funcionar, após uma interrupção operacional devido a um desastre;
- Definição de ações a serem tomadas para minimizar a quantidade de dados perdidos permanentemente, devido à discrepância temporal entre um determinado ponto de backup de dados e os dados no evento de desastre;
- Um plano de recuperação de desastres, que atenua o downtime do Data Center, a inatividade da operação e fornece tolerância máxima a falhas para todas as funções de negócios relacionadas à rede computacional
Com a crescente acessibilidade do backup externo de dados, cada vez mais empresas de pequeno e médio porte estão aproveitando os serviços de recuperação de desastres de data center antes disponíveis apenas para grandes companhias.
Para ajudá-lo nesta tarefa, os especialistas da ODATA prepararam um checklist com as principais medidas a serem adotadas para proteger seu Data Center dos mais variados tipos de desastres. Veja a seguir:
LEIA MAIS: 10 mitos e verdades sobre Data Centers remotos
Checklist: por onde começar seu plano de recuperação de desastres?
Ao preparar um plano de disaster recovery, lembre-se de que deve funcionar em conjunto com um plano de continuidade do negócio. O objetivo final de ambos os documentos é limitar a extensão de um evento de downtime, minimizar o tempo de inatividade e encontrar meios alternativos de operação, como a redundância do Data Center, com antecedência.
Abaixo, preparamos uma lista com as seis principais ações a serem tomadas para a elaboração de um plano de recuperação de desastres em um estágio inicial:
#1. Faça um inventário
Para começar, é essencial mapear quais hardwares, softwares e dados específicos são extremamente importantes para a operação do seu negócio. Comece com salas de servidores e centros de dados e avance para terminais, como estações de trabalho e dispositivos periféricos. Depois disso, vá para aplicações e softwares de trabalho. Preste atenção especial ao software do servidor, hipervisores e configurações necessárias para reiniciá-lo, caso ocorra algum incidente.
#2. Crie um backup completo
Depois de terminar o inventário, faça um backup completo de seus dados. Certifique-se de desenvolver um esquema de rotação de backup adequado, caso você ainda não tenha um.
#3. Contrate um serviço remoto para redundância do Data Center
Para mitigar a parada de todo o negócio caso algum incidente force a interrupção do seu servidor, é essencial contar com uma ‘estrutura espelho’, que funcione como um backup e que possa entrar em operação imediatamente. Para isso, você pode contratar um serviço de Colocation, estabelecendo a redundância do seu Data Center prioritário.
SAIBA MAIS: Redundância de Data Centers: mais segurança e estabilidade para sua empresa
#4. Priorize a restauração
É importante vincular os dados a máquinas específicas onde estão armazenados. Isso permite que você identifique os elementos de infraestrutura mais críticos e classifique-os por importância.
#5. Calcule os custos do tempo de inatividade
Cada hora de inatividade resulta em perdas de produtividade e receita, sem mencionar o potencial dano à reputação da sua empresa. Se você calcular corretamente o custo de uma falha potencial, isso pode ajudá-lo a decidir sobre o valor do investimento em medidas preventivas.
#6. Promova atualizações regularmente
Sua política de recuperação de desastres deve permanecer um documento vivo: atualize-o sempre que houver mudanças no pessoal ou na infraestrutura de sua empresa Além disso, certifique-se de realizar testes regulares para ver se sua abordagem é eficaz em diferentes circunstâncias.
LEIA MAIS: Gartner destaca 6 tendências que afetarão as áreas de infraestrutura e operações de TI em 2021
Conclusão
Como vimos, a pandemia acelerou rapidamente a implementação corporativa de iniciativas de transformação digital, tais como a adoção da nuvem e de outras tecnologias digitais. Isso porque os consumidores foram forçados a confiar exclusivamente em plataformas e canais online para se comunicar, vender e realizar negócios.
Nesse cenário, provedores de serviços de Data Center como a ODATA, desempenham função-chave ao apoiar seus clientes na adoção digital e no aumento da demanda por conectividade. E não vemos isso mudando tão cedo.
A Covid-19 colocou à prova o setor de Data Center como um todo e, hoje, comprovamos o quanto somos capazes de manter a economia digital conectada, alimentada e prosperando.
Esperamos ver um forte crescimento contínuo, à medida que as empresas testemunham as vantagens, benefícios e a tranquilidade que vêm com a parceria firmada com um provedor especializado em soluções de Data Center.”
Ricardo Alário
CEO da ODATA
Desse modo, o desenvolvimento e a implementação de um plano de recuperação de desastres eficaz requer um planejamento completo e uma abordagem complexa.
Para ajudá-lo neste desafio, a ODATA oferece uma ampla variedade de serviços de Data Center, que incluem as mais modernas ferramentas e recursos para operar em ambientes virtuais, físicos, em nuvem e em SaaS.
Quer saber mais?
Agende uma consulta com um dos nossos especialistas ou, ainda, uma visita a um dos Data Centers ODATA e veja como nossa solução pode ajudá-lo a automatizar e orquestrar seu plano de recuperação de desastres, economizando tempo e investimentos.
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