Futuro da conectividade: entenda a evolução na América Latina

Leitura de 10 minutos
03/05/20

Já não há mais como falar em relações sociais ou em negócios sem, automaticamente, pensarmos em internet. E se, para muitos, este já é um indicador de avanço, por meio das facilidades que as tecnologias digitais já nos oferecem, o que nos reserva, então, o futuro da conectividade?

Embora muitas das aplicações da nova geração, como sistemas residenciais inteligentes e carros conectados, tenham foco no cidadão comum, outras tantas nascem com o propósito de ajudar empresas a otimizarem suas operações.

Assim, arrebatam desde processos fabris à segmentação de clientes.

E à medida que elas se expandem, ampliam, consequentemente, a necessidade de uma conexão com a internet cada vez mais rápida e com baixíssima latência.

Por isso, os investimentos corporativos em soluções de conectividade crescem na mesma proporção – cerca de 15% ao ano até 2022, conforme previsão da consultoria McKinsey.

Diante desse raciocínio, não é difícil nos questionarmos sobre os caminhos pelos quais a transformação digital nos guiará.

Mas qual será, então, o futuro da conectividade? Especialmente nos países da América Latina, quais melhorias deverão ser priorizadas, para que todo o potencial dessa evolução tecnológica seja aproveitado por aqui?

Para surfar a onda de crescimento desse mercado, a tendência é que, cada vez mais, provedores de serviços de conectividade passem a estender a sua cobertura e a testar soluções disruptivas.

Quer saber mais sobre esse movimento? 

Acompanhe!

Afinal, o que é conectividade?

Antes de falarmos de tendências, dos benefícios e dos impactos da conectividade na sociedade moderna vale, antes, entender a que estamos nos referindo.

De um modo geral, atribui-se ao termo conectividade a habilidade de se estabelecer uma comunicação ou conexão. Sob a ótica da tecnologia, refere à capacidade de determinado dispositivo ser conectado a outro equipamento (ou a uma rede).

A conectividade de um computador, por exemplo, é medida por sua capacidade de se conectar à Internet e outros equipamentos e periféricos.

E se o Data Center é o coração de todo o sistema computacional de uma organização, é ele o responsável por garantir a comunicação geral do negócio.

Com tantos dados sendo gerados a cada minuto, os centros de processamento de dados certamente desempenham papel essencial no tráfego e armazenamento dessas informações. Desse modo, o moderno Data Center atua como um hub de conectividade, oferecendo possibilidades incríveis na construção de suas redes.



Futuro da conectividade, 5G e a transformação dos Data Centers

No panorama global, o futuro da conectividade está passando por importantes transformações – e, em breve, testemunharemos um verdadeiro salto em diversas partes do mundo.

Nessse cenário, o 5G vem, rapidamente, chamando a atenção de líderes empresariais, de legisladores, da imprensa e da sociedade civil, ao ser apontada como a tecnologia que mudará o mundo e a relação do homem com a máquina.

Assim, a quinta geração da internet móvel representa a futura geração da telecomunicação sem fio. Nessa esteira, junto com conectividade virá uma série de serviços baseados em cloud computing.

O 5G será o habilitador de tecnologias emergentes como inteligência artificial, realidade aumentada, entre outras. E, para que estejam sempre acessíveis, essas novas aplicações também elevam a necessidade dos dados estarem cada vez mais próximos dos usuários finais.

Da mesma forma,  trará fluxos de dados mais rápidos e mais densos – uma tendência que certamente impulsionará a demanda por mais capacidade dos Data Centers.


SAIBA MAIS: 5G: Data Centers são essenciais para suportar a nova geração da internet


O que o 5G significará para o funcionamento dos Data Centers?

Como vimos, é impossível falar em futuro da conectividade sem mencionar o 5G. Isso porque o mercado corporativo global já vem se beneficiando do 5G não somente por meio das operadoras, mas diretamente, em seus centros de dados e nuvens (privadas ou híbridas).

E assim, os Data Centers se transformarão, para conseguir atender às novas demandas por conectividade e armazenamento.

Por esse motivo, a demanda por baixa latência deve crescer em todos os pontos de interconexão, de modo que seja capaz de suportar o uso de tecnologias como machine learning, inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e operações remotas, que terão grande parte de suas cargas de informação alocadas em Data Centers.

Um dos desafios para o setor será adequar a infraestrutura para absorver uma geração maior de dados e uma demanda crescente por armazenamento e disponibilidade.

Até 2022, a indústria móvel poderá crescer de 550 para 720 bilhões somente na Europa, de acordo com estimativa divulgada pela GSMA – entidade representante das operadoras em todo o mundo. Até 2025, o 5G já seria 30% de todas as conexões do continente europeu.



O impacto da conectividade nos negócios

Em todo o mundo, o 5G já começa a gerar negócios notáveis ​​para os Data Centers. E este é um indicativo de que o futuro da conectividade está se concretizando diante dos nossos olhos.

E esse aumento será cada vez mais sensível, à medida que provedores de serviços e operadoras de hiperescala passarem a implementar equipamentos de rede de última geração, preparando-se para o início dos serviços 5G em 2020 e o tsunami digital até 2022.

À medida que a internet das coisas, por exemplo, se tornar mais relevante para os negócios, as companhias passarão a reavaliar suas necessidades de conectividade para a tomada de decisões, considerando:

  • cobertura global
  • recursos de comutação inteligente
  • entrega de serviços
  • preços
  • segurança e
  • experiência em IoT

Para o segmento corporativo, no entanto, o impacto imediato do 5G  será a cobertura, já que em diversas localidades as empresas ainda sofrem com a escassez de conectividade de qualidade e preços acessíveis.

A boa notícia é que sempre que as organizações precisarem ampliar sua capacidade de armazenamento, não será necessário comprar mais servidores.

E para isso, poderão adquirir essa solução como serviço, de provedores de Colocation como a ODATA, por exemplo, com alta largura de banda

Com as primeiras redes 5G de banda larga verdadeiramente em operação, logo teremos uma visão realista de como e onde a conectividade pode ser ampliada e o que ela nos possibilitará nos próximos 10 anos.


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Desenvolvimento e distribuição geográfica desiguais

Mesmo se os problemas estruturais para a difusão do 5G forem resolvidos, a conectividade não será uniforme em todas as regiões.

No estudo Connected world: An evolution in connectivity beyond the 5G revolution, a McKinsey Global Institute prevê que a implantação será influenciada:

  • pelo potencial de receita de cada mercado
  • pela infraestrutura de telecomunicações existente
  • pela densidade urbana e
  • pela dinâmica do mercado local, incluindo concorrência e regulamentação.

Nesse sentido, a capacidade dos fornecedores de conectividade de realizar e monetizar grande investimento de capital será crucial.

Outra consideração da McKinsey é a evolução da demanda e sua distribuição entre usuários, aplicações e regiões geográficas.

Como resultado de todos esses fatores, o business case para implantar conectividade avançada será bastante diferente entre mercados.

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A evolução da conectividade: quatro arquétipos de países

Neste mesmo estudo, a McKinsey Global Institute criou uma segmentação de arquétipos de países bastante interessante, baseada em diferenças na:

  • dinâmica da receita (como receita média por usuário e nível de uso de dados);
  • dinâmica de custos (como a qualidade e extensão da infraestrutura de telecomunicações existente, bem como a densidade urbana); e
  • dinâmica de mercado, incluindo diferenças de regulamentação e concorrência.

Com essas características, países foram classificados como pioneiros, líderes, seguidores ou com pouca conectividade atualmente. China e Índia foram tratados como casos únicos, apartados desses quatro arquétipos.

Esses quatro conjuntos estão progredindo em diferentes velocidades na jornada de evolução da conectividade:

“Pioneiros”

  • Inclui Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul, lideraram consistentemente o pacote em conectividade;
  • Já estão começando a implantar redes 5G de banda larga nas cidades, aproveitando a infraestrutura fixa madura, o capital relativamente forte e posições de seus provedores;
  • Nesses mercados, a dinâmica competitiva está forçando os fornecedores a correrem para se manter à frente;

“Líderes”

  • Tipificados por mercados como França, Alemanha e Reino Unido
  • Estão um passo atrás dos pioneiros. Aqui, o investimento do operador pode ser limitado em certos mercados, caso a concorrência de preços reduza as margens.

“Seguidores”

  • Países como BRASIL, Polônia e Turquia, que começam com uma infraestrutura menos adequada
  • Aqui, inicialmente os provedores de conectividade provavelmente terão dificuldade em suportar o grande investimento de capital necessário para a construção de redes mais sofisticadas;
  • Devem ficar alguns anos atrasados ​​na implantação.

Mercados “rastejantes”

  • É improvável que países como Paquistão, Bolívia e muitas nações africanas venham a obter ampla conectividade no curto prazo;
  • Embora os satélites LEO possam oferecer opções de conectividade a esses mercados (e às áreas rurais dos mercados de seguidores), o custo de implantação e a acessibilidade dos dispositivos dos usuários serão fatores limitantes.

Além dos quatro arquétipos acima, vale ainda conhecer a análise da McKinsey sobre China e Índia:

China

  • Investiu imensas quantias em suas redes fixas e celulares nos últimos anos;
  • Está construindo essa espinha dorsal mais rapidamente do que qualquer outro país, com o objetivo de oferecer 5G nas principais cidades e mudar um quarto das assinaturas móveis para 5G até 2025;

Índia

  • Vem se digitalizando mais rapidamente do que qualquer outro mercado;
  • Ainda que esteja modernizando rapidamente suas redes, é provável que tenham limitações de desempenho fora de algumas das principais cidades;
  • Os provedores de conectividade do país estão sob pressão devido a guerras de preços, o que provavelmente os levará a aumentos de preços ou ações do governo para estimular a construção.

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Futuro da Conectividade: o que está por vir

Considerando-se o futuro da conectividade, na próxima década, os provedores de internet continuarão a construir e atualizar suas redes, mas a taxa de progresso variará entre esses arquétipos, com pioneiros e China consistentemente liderando o grupo mundial.

Em particular, a conectividade avançada, que depende de redes móveis em forma de cobertura 5G de banda curta a média – pode atingir 80% da população global até o final da década. Isso custaria entre US$ 400 bilhões e US$ 500 bilhões.

No entanto, lacunas significativas permanecerão.

Embora as taxas de cobertura possam exceder 90% na maior parte do mundo, esse índice provavelmente atingirá cerca de 60%, em média.


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Data Centers ODATA: o futuro da conectividade é agora

Diante desse cenário, ficou claro que o serviço de internet, pensado não apenas para suportar a capacidade atual, mas já com vistas no futuro da conectividade, é um dos principais quesitos a serem considerados em um plano de migração de infraestrutura Data Center tradicional para o colocation ou a nuvem.

Então, surge a questão: como assegurar que sua empresa terá acesso à melhor conexão de rede?

Antes de se decidir pela contratação, é preciso checar o que o provedor de serviços de Data Center oferece.

Com atributos como alta eficiência operacional e energética, os Data Centers ODATA oferecem uma conectividade poderosa. Reúne as principais operadoras de telecom, destacando-se como a infraestrutura mais conectada da região. Possui duas MMR (meet me room) com dupla abordagem por fibras (conforme norma EIA/TIA 942).

Além disso, como um PIX (Point of Internet Exchange) do PTT (Ponto de Troca de Tráfego), suas instalações permitem a interconexão de redes entre os provedores de internet e redes de fornecimento de conteúdo.

Esta combinação garante uma conexão segura, rápida, confortável e com uma economia financeira significativa aos clientes.


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