Futuro da conectividade: entenda a evolução na América Latina
Leitura de 10 minutosJá não há mais como falar em relações sociais ou em negócios sem, automaticamente, pensarmos em internet. E se, para muitos, este já é um indicador de avanço, por meio das facilidades que as tecnologias digitais já nos oferecem, o que nos reserva, então, o futuro da conectividade?
Embora muitas das aplicações da nova geração, como sistemas residenciais inteligentes e carros conectados, tenham foco no cidadão comum, outras tantas nascem com o propósito de ajudar empresas a otimizarem suas operações.
Assim, arrebatam desde processos fabris à segmentação de clientes.
E à medida que elas se expandem, ampliam, consequentemente, a necessidade de uma conexão com a internet cada vez mais rápida e com baixíssima latência.
Por isso, os investimentos corporativos em soluções de conectividade crescem na mesma proporção – cerca de 15% ao ano até 2022, conforme previsão da consultoria McKinsey.
Diante desse raciocínio, não é difícil nos questionarmos sobre os caminhos pelos quais a transformação digital nos guiará.
Mas qual será, então, o futuro da conectividade? Especialmente nos países da América Latina, quais melhorias deverão ser priorizadas, para que todo o potencial dessa evolução tecnológica seja aproveitado por aqui?
Para surfar a onda de crescimento desse mercado, a tendência é que, cada vez mais, provedores de serviços de conectividade passem a estender a sua cobertura e a testar soluções disruptivas.
Quer saber mais sobre esse movimento?
Acompanhe!
Afinal, o que é conectividade?
Antes de falarmos de tendências, dos benefícios e dos impactos da conectividade na sociedade moderna vale, antes, entender a que estamos nos referindo.
De um modo geral, atribui-se ao termo conectividade a habilidade de se estabelecer uma comunicação ou conexão. Sob a ótica da tecnologia, refere à capacidade de determinado dispositivo ser conectado a outro equipamento (ou a uma rede).
A conectividade de um computador, por exemplo, é medida por sua capacidade de se conectar à Internet e outros equipamentos e periféricos.
E se o Data Center é o coração de todo o sistema computacional de uma organização, é ele o responsável por garantir a comunicação geral do negócio.
Com tantos dados sendo gerados a cada minuto, os centros de processamento de dados certamente desempenham papel essencial no tráfego e armazenamento dessas informações. Desse modo, o moderno Data Center atua como um hub de conectividade, oferecendo possibilidades incríveis na construção de suas redes.
Futuro da conectividade, 5G e a transformação dos Data Centers
No panorama global, o futuro da conectividade está passando por importantes transformações – e, em breve, testemunharemos um verdadeiro salto em diversas partes do mundo.
Nessse cenário, o 5G vem, rapidamente, chamando a atenção de líderes empresariais, de legisladores, da imprensa e da sociedade civil, ao ser apontada como a tecnologia que mudará o mundo e a relação do homem com a máquina.
Assim, a quinta geração da internet móvel representa a futura geração da telecomunicação sem fio. Nessa esteira, junto com conectividade virá uma série de serviços baseados em cloud computing.
O 5G será o habilitador de tecnologias emergentes como inteligência artificial, realidade aumentada, entre outras. E, para que estejam sempre acessíveis, essas novas aplicações também elevam a necessidade dos dados estarem cada vez mais próximos dos usuários finais.
Da mesma forma, trará fluxos de dados mais rápidos e mais densos – uma tendência que certamente impulsionará a demanda por mais capacidade dos Data Centers.
SAIBA MAIS: 5G: Data Centers são essenciais para suportar a nova geração da internet
O que o 5G significará para o funcionamento dos Data Centers?
Como vimos, é impossível falar em futuro da conectividade sem mencionar o 5G. Isso porque o mercado corporativo global já vem se beneficiando do 5G não somente por meio das operadoras, mas diretamente, em seus centros de dados e nuvens (privadas ou híbridas).
E assim, os Data Centers se transformarão, para conseguir atender às novas demandas por conectividade e armazenamento.
Por esse motivo, a demanda por baixa latência deve crescer em todos os pontos de interconexão, de modo que seja capaz de suportar o uso de tecnologias como machine learning, inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e operações remotas, que terão grande parte de suas cargas de informação alocadas em Data Centers.
Um dos desafios para o setor será adequar a infraestrutura para absorver uma geração maior de dados e uma demanda crescente por armazenamento e disponibilidade.
Até 2022, a indústria móvel poderá crescer de 550 para 720 bilhões somente na Europa, de acordo com estimativa divulgada pela GSMA – entidade representante das operadoras em todo o mundo. Até 2025, o 5G já seria 30% de todas as conexões do continente europeu.
O impacto da conectividade nos negócios
Em todo o mundo, o 5G já começa a gerar negócios notáveis para os Data Centers. E este é um indicativo de que o futuro da conectividade está se concretizando diante dos nossos olhos.
E esse aumento será cada vez mais sensível, à medida que provedores de serviços e operadoras de hiperescala passarem a implementar equipamentos de rede de última geração, preparando-se para o início dos serviços 5G em 2020 e o tsunami digital até 2022.
À medida que a internet das coisas, por exemplo, se tornar mais relevante para os negócios, as companhias passarão a reavaliar suas necessidades de conectividade para a tomada de decisões, considerando:
- cobertura global
- recursos de comutação inteligente
- entrega de serviços
- preços
- segurança e
- experiência em IoT
Para o segmento corporativo, no entanto, o impacto imediato do 5G será a cobertura, já que em diversas localidades as empresas ainda sofrem com a escassez de conectividade de qualidade e preços acessíveis.
A boa notícia é que sempre que as organizações precisarem ampliar sua capacidade de armazenamento, não será necessário comprar mais servidores.
E para isso, poderão adquirir essa solução como serviço, de provedores de Colocation como a ODATA, por exemplo, com alta largura de banda.
Com as primeiras redes 5G de banda larga verdadeiramente em operação, logo teremos uma visão realista de como e onde a conectividade pode ser ampliada e o que ela nos possibilitará nos próximos 10 anos.
LEIA TAMBÉM: Entenda por que a computação de borda é essencial na era 5G
Desenvolvimento e distribuição geográfica desiguais
Mesmo se os problemas estruturais para a difusão do 5G forem resolvidos, a conectividade não será uniforme em todas as regiões.
No estudo Connected world: An evolution in connectivity beyond the 5G revolution, a McKinsey Global Institute prevê que a implantação será influenciada:
- pelo potencial de receita de cada mercado
- pela infraestrutura de telecomunicações existente
- pela densidade urbana e
- pela dinâmica do mercado local, incluindo concorrência e regulamentação.
Nesse sentido, a capacidade dos fornecedores de conectividade de realizar e monetizar grande investimento de capital será crucial.
Outra consideração da McKinsey é a evolução da demanda e sua distribuição entre usuários, aplicações e regiões geográficas.
Como resultado de todos esses fatores, o business case para implantar conectividade avançada será bastante diferente entre mercados.
A evolução da conectividade: quatro arquétipos de países
Neste mesmo estudo, a McKinsey Global Institute criou uma segmentação de arquétipos de países bastante interessante, baseada em diferenças na:
- dinâmica da receita (como receita média por usuário e nível de uso de dados);
- dinâmica de custos (como a qualidade e extensão da infraestrutura de telecomunicações existente, bem como a densidade urbana); e
- dinâmica de mercado, incluindo diferenças de regulamentação e concorrência.
Com essas características, países foram classificados como pioneiros, líderes, seguidores ou com pouca conectividade atualmente. China e Índia foram tratados como casos únicos, apartados desses quatro arquétipos.
Esses quatro conjuntos estão progredindo em diferentes velocidades na jornada de evolução da conectividade:
“Pioneiros”
- Inclui Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul, lideraram consistentemente o pacote em conectividade;
- Já estão começando a implantar redes 5G de banda larga nas cidades, aproveitando a infraestrutura fixa madura, o capital relativamente forte e posições de seus provedores;
- Nesses mercados, a dinâmica competitiva está forçando os fornecedores a correrem para se manter à frente;
“Líderes”
- Tipificados por mercados como França, Alemanha e Reino Unido
- Estão um passo atrás dos pioneiros. Aqui, o investimento do operador pode ser limitado em certos mercados, caso a concorrência de preços reduza as margens.
“Seguidores”
- Países como BRASIL, Polônia e Turquia, que começam com uma infraestrutura menos adequada
- Aqui, inicialmente os provedores de conectividade provavelmente terão dificuldade em suportar o grande investimento de capital necessário para a construção de redes mais sofisticadas;
- Devem ficar alguns anos atrasados na implantação.
Mercados “rastejantes”
- É improvável que países como Paquistão, Bolívia e muitas nações africanas venham a obter ampla conectividade no curto prazo;
- Embora os satélites LEO possam oferecer opções de conectividade a esses mercados (e às áreas rurais dos mercados de seguidores), o custo de implantação e a acessibilidade dos dispositivos dos usuários serão fatores limitantes.
Além dos quatro arquétipos acima, vale ainda conhecer a análise da McKinsey sobre China e Índia:
China
- Investiu imensas quantias em suas redes fixas e celulares nos últimos anos;
- Está construindo essa espinha dorsal mais rapidamente do que qualquer outro país, com o objetivo de oferecer 5G nas principais cidades e mudar um quarto das assinaturas móveis para 5G até 2025;
Índia
- Vem se digitalizando mais rapidamente do que qualquer outro mercado;
- Ainda que esteja modernizando rapidamente suas redes, é provável que tenham limitações de desempenho fora de algumas das principais cidades;
- Os provedores de conectividade do país estão sob pressão devido a guerras de preços, o que provavelmente os levará a aumentos de preços ou ações do governo para estimular a construção.
LEIA AQUI: Sociedade 5.0: não há futuro tecnológico sem a evolução dos Data Centers
Futuro da Conectividade: o que está por vir
Considerando-se o futuro da conectividade, na próxima década, os provedores de internet continuarão a construir e atualizar suas redes, mas a taxa de progresso variará entre esses arquétipos, com pioneiros e China consistentemente liderando o grupo mundial.
Em particular, a conectividade avançada, que depende de redes móveis em forma de cobertura 5G de banda curta a média – pode atingir 80% da população global até o final da década. Isso custaria entre US$ 400 bilhões e US$ 500 bilhões.
No entanto, lacunas significativas permanecerão.
Embora as taxas de cobertura possam exceder 90% na maior parte do mundo, esse índice provavelmente atingirá cerca de 60%, em média.
SAIBA MAIS: Metaverso: dados, capacidade computacional e o impacto no seu Data Center
Data Centers ODATA: o futuro da conectividade é agora
Diante desse cenário, ficou claro que o serviço de internet, pensado não apenas para suportar a capacidade atual, mas já com vistas no futuro da conectividade, é um dos principais quesitos a serem considerados em um plano de migração de infraestrutura Data Center tradicional para o colocation ou a nuvem.
Então, surge a questão: como assegurar que sua empresa terá acesso à melhor conexão de rede?
Antes de se decidir pela contratação, é preciso checar o que o provedor de serviços de Data Center oferece.
Com atributos como alta eficiência operacional e energética, os Data Centers ODATA oferecem uma conectividade poderosa. Reúne as principais operadoras de telecom, destacando-se como a infraestrutura mais conectada da região. Possui duas MMR (meet me room) com dupla abordagem por fibras (conforme norma EIA/TIA 942).
Além disso, como um PIX (Point of Internet Exchange) do PTT (Ponto de Troca de Tráfego), suas instalações permitem a interconexão de redes entre os provedores de internet e redes de fornecimento de conteúdo.
Esta combinação garante uma conexão segura, rápida, confortável e com uma economia financeira significativa aos clientes.
Quer saber como a ultraconectividade pode acelerar resultados e aumentar a produtividade em sua empresa?
O melhor conteúdo sobre tecnologia de Data Centers você encontra aqui, no Blog ODATA. Acompanhe as novidades em nosso canal e mantenha-se atualizado.
E-BOOKS exclusivos
para você conhecer mais sobre o mundo do Colocation
E-Book: Tendências Tecnológicas
Fazer o downloadMelhore os índices de sustentabilidade da sua empresa
Fazer o download