Eficiência energética de Data Centers já é prioridade em diversos setores
Leitura de 13 minutosPor que a eficiência energética dos Data Centers tem sido considerada uma prioridade de empresas dos mais diversos segmentos? Em 2019, o Banco da União Europeia anunciou o empréstimo de até 250 milhões de euros (cerca de 1,16 bilhão de reais) para apoiar a implementação de 15 parques eólicos no Nordeste do Brasil.
Desde então, nossas fazendas de energia vêm ampliando sua capacidade coma meta de produzir 2.300GWh ao ano e criar até 2.300 empregos no País até 2025. E, assim, ajudarão o Brasil a reduzir as emissões de carbono e a expandir seu portfólio de energia renovável.
Mas porque esta notícia é relevante para nós? Por que, afinal, deveríamos nos importar com o futuro da geração de energia?
Não é de hoje que as mudanças climáticas estão trazendo novos desafios aos negócios, seja em termos de custos ou em relação à disponibilidade energética.
Em todo o mundo, tanto provedores de serviços de Data Center quanto proprietários de infraestruturas de dados locais vêm sendo impactados. E isso também tem obrigado seus executivos a encontrarem soluções mais modernas para elevar a eficiência energética das operações.
O Uptime Institute, consultoria dedicada a melhorar o desempenho, a eficiência e a confiabilidade da infraestrutura crítica de negócios, divulgou 10 tendências para o mercado de Data Centers em 2020 a serem consideradas em decisões e planejamento a longo prazo. Entre elas, destacou o consumo energético:
Cresce uso de energia no Data Center O uso de energia nos Data Centers e na TI continuará a crescer, pondo pressão na infraestrutura de energia e levantando questões em relação às emissões de carbono. Os fatores que impulsionam o consumo de energia são simplesmente grandes demais para serem compensados por ganhos de eficiência.
Diante desse cenário, o que é possível fazer, desde já, para garantir a eficiência operacional do seu parque tecnológico – e, consequentemente, da empresa?
Siga conosco nesta leitura e descubra.
Crescem os dados e o impacto ambiental dos Data Centers
Smartphones, e-mails, câmeras de vigilância, streaming de vídeos de alta resolução, TVs inteligentes… o consumo energético pela computação dos dispositivos da nova geração avança exponencialmente.
Tudo está sendo digitalizado. Com a chegada do 5G, o tráfego IP será ainda maior. Inteligência Artificial, robôs, carros autônomos e máquinas conectadas produzirão enormes quantidades de dados, que serão armazenados nos Data Centers.
De acordo com um estudo da consultoria IDC, o volume de dados digitais saltará de cerca de 40 zetabites (em 2019) para 175 zbps até 2025. 60% desses dados serão criados e gerenciados por organizações empresariais.
Em cinco anos, seis bilhões de consumidores – cerca de 75% da população mundial -, interagirão mais de 4.900 vezes ao dia (uma a cada 18 segundos) com seus 150 bilhões de gadgets.
Sem mudanças drásticas de comportamento, o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação, consumirá 20% de toda a eletricidade do mundo, sobrecarregando redes de distribuição com a demanda dos servidores.
Para reverter esse cenário, organizações de todos os tamanhos e segmentos estão acelerando a evolução de seus parques tecnológicos.
Entre as medidas mais eficientes para se elevar a eficiência energética dos Data Centers destaca-se a migração de estruturas in-house para modelos mais modernos. Entre eles, o Colocation e a Cloud Computing (mais adiante explicaremos como).
Aposte nas fontes renováveis
Pensando em caminhos para se elevar a eficiência energética, será que é possível reduzir e até zerar as emissões de gases poluentes na atmosfera?
A resposta é sim, com a “energia verde”. E o grande benefício dessa fonte renovável é o processo de geração não-poluente, que traz menos impactos para o meio ambiente.
Entre os principais métodos vale destacar:
- Energia Fotovoltaica
- Energia Eólica
- Energia de Biomassa
- Energia das Ondas
- Energia Nuclear
O Fórum Econômico Mundial espera que, até 2030, 70% da energia gerada em todo o mundo seja proveniente de fontes renováveis, priorizando-se recursos reabastecidos naturalmente.
Esta meta pode ser alcançada por meio de ações de incentivo à microgeração de energia, tanto para uso doméstico (com a adoção de painéis solares) quanto pelas organizações empresariais.
Se a sua empresa tem capacidade para investir em grandes instalações internas, a construção e a gestão de fontes de geração de energia local não é apenas mais ecológica mas, a longo prazo, também promoverá significativa redução de gastos.
Para isso, é preciso escolher o modelo mais adequado ao projeto, observando as condições geográficas, geológicas e climáticas do local.
E se a disponibilidade dos sistemas continua sendo uma das principais prioridades de negócio, a geração de energia local ainda proporcionará uma camada adicional de segurança à fonte de alimentação do seu Data Center.
LEIA MAIS: Data Center: saiba tudo sobre essa estrutura crucial para os negócios
Eficiência energética e hídrica: vantagens do Colocation
Apesar dos benefícios, produzir “energia verde” ainda pode sair muito mais caro do que a oferta padrão. Além disso, muitas organizações não estão dispostas a assumir o trabalho de construir uma subestação própria. Portanto, é urgente buscar soluções alternativas para melhorar a eficiência energética.
Um estudo da Market Research Future indica que os “green Data Centers” são tendência no mercado global. Em todo o mundo, o segmento deve crescer em US$ 63 bilhões até 2023.
Assim, ao migrar um Data Center on-premise para um provedor especializado em Colocation, o consumo de energia de seu parque tecnológico será minimizado imediatamente, já que esse tipo de solução prioriza a eficiência hídrica e energética do sistema.
Raio-x do Data Center: onde está o consumo de recursos naturais
Mas, na prática, por que a estrutura de um provedor especializado em Colocation promove maior eficiência energética do que os Data Centers tradicionais?
Antes de responder a essa pergunta, vale a pena listar os principais equipamentos necessários ao funcionamento de um Data Center:
- Subestação de energia própria e redundante;
- Robustas linhas de alta tensão;
- Nobreaks de grande porte (UPS), que comutam automaticamente da concessionária para os bancos de baterias, para mitigar picos de energia. Assim, pode-se manter o funcionamento por certo tempo;
- Geradores a diesel para alimentar cargas eletrônicas e garantir que os sistemas não parem. Podem funcionar por dias ou meses com reabastecimento contínuo;
- Sistemas integrados, com diversas camadas de automação, para gerenciar as instalações;
- Equipamentos de ar condicionado de precisão e adequados ao uso contínuo, como os CRAC – Computer Room Air Conditioning;
- Grandes chillers para manter a temperatura constante nas salas. São responsáveis por gelar a água que resfria o ar, produtos e equipamentos;
- Tanques de termoacumulação: pulmão de água gelada suficiente para manter o sistema de refrigeração em perfeito funcionamento, em casos de pane nos chillers;
- Sistema de segurança contra incêndio focado em prevenção: equipamentos de detecção de incêndio, com monitoramento das partículas de ar;
- Sistema de supressão a gás em caso de necessidade de combate ao incêndio;
- Sistema de sprinklers a seco, capaz de inundar e ativar apenas a região em que um eventual incêndio esteja ocorrendo, minimizando danos aos equipamentos.
Notou o quanto a infraestrutura de Data Center depende dos recursos naturais para funcionar?
Isso explica porque os provedores especializados na prestação de serviços de Data Center estão mais habilitados para proceder com o manejo racional e eficiente dos recursos naturais.
Validação global de sustentabilidade: Certificação LEED
Uma das formas mais assertivas de conferir a qualidade dos processos de um fornecedor é checar suas certificações, inclusive a eficiência energética da operação.
Há diversos selos que atestam padrões de qualidade. Entre eles, vale destacar a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), cujos parâmetros são validados no mercado global.
Este reconhecimento é concedido pela Green Building Council (GBC), organização não governamental sediada nos Estados Unidos, que atua no desenvolvimento de construções sustentáveis no mundo.
Assim, a certificação LEED mede o nível de sustentabilidade do Data Center. E, para conquistá-la, as instalações são analisadas com base em critérios como:
- Espaço sustentável (SS)
- Eficiência do uso da água (WE)
- Energia e atmosfera (EA)
- Materiais e recursos (MR)
- Qualidade ambiental interna (EQ)
- Inovação e processos (IN)
- Créditos regionais (CR)
Ao conferir a certificação LEED a uma empresa, a USGBC atesta que o Data Center é capaz de gerar, no mínimo, uma economia de 75% no consumo de água potável e de proporcionar uma redução anual de 20% nos gastos de energia.
LEIA TAMBÉM: ISO 14001: entenda a importância para os negócios e para o seu Data Center
Desempenho máximo no consumo de recursos hídricos
A ODATA se orgulha por ser responsável pelo primeiro Data Center de Colocation do Brasil a conquistar o certificado LEED Gold do US Green Building Council.
A certificação confirma a adequação das instalações da empresa aos padrões globais de sustentabilidade, especialmente em requisitos relacionados à preservação do meio ambiente e ao uso consciente dos recursos naturais.
Inaugurado em maio de 2017, o Data Center ODATA SP01 comprovou desempenho máximo no uso racional da água e excelente performance em itens como espaço sustentável, eficiência energética e qualidade do ambiente interno.
Veja porque a utilização eficaz da água é o grande diferencial da infraestrutura do DC SP01:
- economia de 75% da água potável;
- captação de água de chuva na cobertura do prédio;
- reuso nos dispositivos de descarga;
- instalação de vasos sanitários, mictórios, torneiras e chuveiros economizadores;
- economia de recursos hídricos no paisagismo: adoção de espécies nativas ou adaptadas ao clima da região, que dispensam irrigação automatizada e permanente.
LEIA TAMBÉM: Entenda porque os Data Centers precisam da energia renovável
Eficiência Energética
O Data Center ODATA SP 01 tem capacidade de entrega de duas redes de alta tensão e garante a autossuficiência energética de até o dobro da sua capacidade de consumo. Pode permanecer até quatro dias sem abastecimento de geradores externos.
Conta com a instalação de sistemas de ar condicionado de alta performance e filtros restritivos nas tomadas de ar externo. Assim, promove uma economia anual de 20% no consumo energético.
Além desses itens também vale destacar:
- uso de iluminação eficiente;
- sensores de presença em áreas de permanência eventual;
- envoltória composta por materiais que proporcionam baixa absorção de calor;
- reduzida área envidraçada;
- pintura branca reflexiva na cobertura da edificação;
- placas solares para aquecimento de água dos chuveiros.
A empresa ainda investiu em outras tecnologias para minimizar o consumo energético. Um exemplo é a refrigeração dos ambientes críticos com o método “indirect freecooling” – que aproveita a baixa temperatura externa do ar para auxiliar no resfriamento.
LEIA MAIS: Data Centers sustentáveis: conheça as principais métricas para atestar a eficiência ambiental
Instalações sustentáveis
A ODATA prioriza a sustentabilidade em todos os seus processos com o uso de energia solar, ventilação e refrigeração com baixo consumo energético.
Assim, o DC SP01 se destaca pelo comissionamento das instalações prediais, o que garante a entrega dos sistemas em funcionamento e o desempenho adequado, antes da operação.
Seus quadros de energia dispõem de submedidores individualizados por grupos de sistemas elétricos de grande consumo, que, por sua vez, são subdividos por locatário.
No estacionamento há vagas reservadas para veículos elétricos e de baixa emissão, além de espaços para bicicletas e vestiários. Com isso, a empresa incentiva a realização de exercícios físicos e o uso de meios alternativos de transporte.
LEIA TAMBÉM: 10 tendências que impactarão a sua infraestrutura tecnológica nos próximos meses
Conheça o DC ODATA SP01
O Data Center SP01 é um dos mais modernos da América Latina.
Instalado em Santana do Parnaíba, interior de São Paulo, foi inaugurado maio de 2017 após sete meses de construção – tempo recorde para uma obra desse porte.
Erguido em um terreno de 23.000 m², com 5.600 m² de piso elevado, conta com 12 salas de TI de 304 m² cada, com capacidade para abrigar de 120 a 156 racks. Além disso, dispõe de espaço livre para instalações adicionais, a serem implementadas sob demanda.
Conta com uma completa automação de controle de acesso, gerenciamento integrado das instalações prediais e conectividade com empresas de telecomunicações.
A operação do Data Center é própria, realizada por uma equipe de manutenção on-site. Oferece áreas destinadas a escritórios e salas de reunião.
Para execução do projeto a ODATA contratou a Afonso França Engenharia, experiente na construção de Data Centers sustentáveis. A construtora atuou como integradora e teve como principal diretriz a adequação de todas as instalações aos parâmetros da LEED Gold.
O trabalho incluiu a análise de toda a documentação relativa ao projeto, assim como a fiscalização de atividades de campo e materiais aplicados na obra.
Além da LEED Gold, o DC SP01 também mantém a certificação de design, projeto e construção Tier III, conferida pelo Uptime Institute.
SAIBA MAIS: Data Centers ODATA: expansão na América Latina para apoiar crescimento digital da região
Conclusão
Em todo o mundo, consumidores já estão mais conscientes do seu papel em relação ao uso dos recursos naturais. E esse movimento já se reflete nos hábitos de compras, com diversas pesquisas apontando sua disposição em gastar mais no relacionamento com marcas sustentáveis.
Em uma pesquisa da Accenture, mais da metade dos entrevistados afirmou estar disposto a pagar mais por produtos sustentáveis, desenvolvidos para serem reutilizados ou reciclados. Quase três quartos (72%) deles está comprando mais produtos ecológicos do que há cinco anos; e 81% espera comprar mais até 2025.
“Empresas de todas as indústrias já começaram a se orientar pelo propósito, incluindo a economia circular como uma oportunidade para impulsionar o crescimento e a agilidade competitiva“
Jessica Long
diretora geral da Accenture Strategy
Por outro lado, a adoção de dispositivos conectados está elevando exponencialmente a geração e o tráfego de dados. E, na mesma proporção, acelerando a exploração de recursos hídricos e energéticos pelos Data Centers, especialmente os modelos instalados em estruturas locais.
O consumo será mais proeminente, exigindo que as questões relacionadas à eficiência energética, por meio da energia verde e da geração local e ao reuso da água, sejam mais amplamente discutidas.
Assim, provedores de soluções de Colocation, como a ODATA, têm se destacado como opção eficiente para ajudar as empresas a reduzirem a pegada ecológica de seus Data Centers locais.
No entanto, ainda há um longo caminho a ser trilhado.
E para alcançarmos os padrões projetados para a Sociedade 5.0 será necessária a participação de todos.
Seu Data Center está pronto para endereçar os desafios de negócios impostos pela emergência climática?
Quer saber mais sobre como o Colocation Data Center pode ajudar a melhorar a eficiência energética da sua TI e acelerar seu processo de evolução digital?
E-BOOKS exclusivos
para você conhecer mais sobre o mundo do Colocation
E-Book: Tendências Tecnológicas
Fazer o downloadMelhore os índices de sustentabilidade da sua empresa
Fazer o download