Conectividade na América Latina: impulsionando o futuro da região

Leitura de 7 minutos
16/03/23

Estamos atravessando um dos períodos mais empolgantes no cenário da conectividade na América Latina. E isso se deve à uma somatória de diversos fatores, como a inserção de novas tecnologias, a alocação de quantidades recordes de espectro e a insurgência de interessados em conectar mais pessoas, coisas e setores, entre tantos outros aspectos.

De fato, embora represente apenas cerca de 8,3% da população mundial, a região latino-americana está se firmando com sucesso como um hub de conexão de internet com os demais países. No entanto, ainda permanece a dúvida sobre os avanços necessários para superarmos o desafio interminável de eliminar o gap digital.

Assim, apesar das perspectivas de recessão dos economistas, a realidade é que a conectividade – em especial, com a amplificação da banda larga e do 5G – agora é vital, seja para a recuperação econômica, para iniciativas governamentais, infraestrutura comercial ou para uso pessoal doméstico.

Quer saber mais sobre como a conectividade está impulsionando o futuro da América Latina? Leia a seguir:

O cenário da conectividade na América Latina

Embora os dados estejam sendo vistos como a força vital dos negócios da nova era digital – essenciais para tomar as decisões certas no momento certo, para gerar receita, experiências e resultados – é a conectividade quem fornece os meios para mantê-los em movimento.

Nesse cenário, o aumento da capacidade da conectividade na América Latina está cada vez mais acelerada, visando-se à redução da lacuna digital da região. Consequentemente, esse movimento vem suportando a modernização das indústrias em todos os países, assim como a inserção de novas tecnologias como a internet das coisas, a inteligência artificial e o metaverso no dia a dia das empresas e do cidadão comum.

Sem dúvida, a conexão de banda larga e capilarização do 5G em território latino-americano vêm desempenhando um papel crucial nesses empreendimentos.

Como exemplo, dados do relatório Global Bandwidth (GB) indicam que a demanda por largura de banda internacional na América Latina continua aumentando, com um crescimento médio anual de 35% entre 2019 e 2021. No geral, a capacidade implantada por diferentes tipos de operadoras de rede na região quase triplicou desde 2017, atingindo mais de 140 Tbps no período. E o Brasil continua a gerar a maior demanda por largura de banda no território, com 55 Tbps de capacidade internacional usada até 2021.

E com investimentos em infraestrutura 4G previstos para atingir cerca de US$ 211,5 bilhões até 2030, a melhoria da conectividade móvel na América Latina e no Caribe está mudando radicalmente o panorama do acesso à internet. Um dos melhores exemplos é o Peru, onde a diferença entre áreas urbanas e rurais já diminuiu bastante, fazendo com que suas audiências online se tornassem a quinta maior do continente no início de 2023.

Pontos de melhoria

Apesar dos incrementos, a América Latina e no Caribe ainda enfrentam uma enorme lacuna no acesso à Internet: a taxa de penetração online na sub-região da América do Sul foi de 75% em 2022. Apesar dos investimentos em conectividade móvel, a maior parte do tráfego web na Venezuela ainda se originou de dispositivos de desktop em 2022, e apenas dois em cada cinco equatorianos tiveram acesso à internet móvel em 2021.

Em termos de infraestrutura digital, melhorias vêm sendo realizadas, mas a região continua enfrentando restrições de oferta e demanda para alcançar uma transformação digital completa. Na prática, a exclusão digital na América Latina continua grande, com a maior parte da população das áreas rurais ainda sem acesso à internet.

De fato, a os países da região têm os meios para melhorar sua infraestrutura mas, primeiro, devem priorizar suas necessidades e metas de investimento, melhorando a eficiência dos gastos públicos e atraindo financiamentos com boa relação custo-benefício.

Ao fazer isso, a amplificação da conectividade na América Latina pode se tornar mais estratégica. E, consequentemente, com a alocação de recursos para melhorias de infraestrutura, alcançará um nível capaz de contribuir para o crescimento econômico sustentado e de melhorar a vida de seus cidadãos.


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Perspectivas para o 5G na região

A quinta geração da conexão de internet móvel e de banda larga, mundialmente chamada de 5G, promete ser a grande impulsionadora do avanço da conectividade na América Latina. Isso porque essa nova tecnologia permite uma velocidade de conexão de rede 100 vezes mais rápida que a do 4G.

Em 2020, a GSMA, entidade global representante do setor de telecomunicações, publicou um relatório sobre a economia móvel mostrando que, em 2018, os serviços móveis geraram 5% do PIB da América Latina, cerca de US$ 260 bilhões em valor agregado à economia da região.

E, nessa linha, trouxe uma projeção de que o 5G poderá resultar em ganhos na ordem de US$ 300 bilhões para a região até o final de 2023, trazendo mais de US$ 1,1 trilhão em investimentos globais até 2025. Desse modo, a expectativa é que a América Latina acelere sua transição de uma sociedade conectada para uma sociedade digital.

Na mesma linha de raciocínio, os analistas da IDC (International Data Corporation) divulgaram recentemente, em seu evento virtual IDC Roadmap Forum Latin America 2023, a expectativa de que, nesse ano, as assinaturas 5G devam representar 6% das conexões móveis na América Latina, contra 94% das demais tecnologias (2G, 3G, 4G). E até 2026, a previsão é que o 5G represente 17% das assinaturas na região.

Durante o encontro, o diretor de Telecomunicações da IDC Brasil para a América Latina, Luciano Saboia, ressaltou que os provedores de serviços digitais já precisam lidar com volumes de dados cada vez maiores, o que, por sua vez, tem exigido mais investimentos em infraestrutura.

Olhando mais adiante, a consultoria Omdia estima que quase a metade de todas as assinaturas móveis – mais de 5,8 bilhões – serão 5G até 2027, aproximando cada vez mais a computação do usuário. E ressalta que, já a partir de 2023, veremos o metaverso (aplicação em busca de uma rede de computação ultradensa e de baixa latência) e o 5G se cruzarem, com implementações que aproveitarão redes da quinta geração para habilitar os recursos de latência ultrabaixa que exigem.


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Data Centers neutros ajudam a resolver problemas de conectividade nas empresas

Se os aprimoramentos na infraestrutura de rede ainda são um desafio para que a conectividade na América Latina consiga suportar todos os avanços, em termos de evolução digital, de que a região necessita, os Data Centers mantidos por provedores especializados são estratégicos para ajudar as organizações a superá-los.

Isso porque, de fato, a conectividade é um diferenciador-chave para os centros de dados desenvolvidos e geridos por fornecedores como a ODATA, que convenientemente oferecem às empresas clientes uma infinidade de vantagens por meio de seus serviços de conectividade.

Em especial, os que se classificam como carrier neutral (ou neutros, quando se trata das operadoras usadas para acessar a internet). Isso permite que o cliente use prioritariamente o provedor de serviços de Internet comercial que desejar – desde que essa operadora esteja disponível no edifício. E, em caso de eventual queda no serviço, o cliente passa a utilizar automaticamente a rede de outra operadora disponível no Data Center.

Para isso, clientes e provedores conectam-se uns com os outros através de vários conduítes, incluindo fibra e ethernet, para trocar dados em velocidades extremamente altas e, ao mesmo tempo, reduzir os custos.

Por sua vez, conectando-se diretamente aos provedores por meio de conexões dedicadas em um Data Center, as empresas podem reduzir significativamente a latência e diminuir os custos de largura de banda em cerca de 60%, em comparação com o uso da Internet.

Ademais, a maioria dos Data Centers reúne em seus edifícios diversos provedores on-net, também conhecidos como IXPs (Internet Exchange Points), que podem ser usados para instalações privadas ou públicas. E além dos IXPs, os Data Centers geralmente têm vários CSPs (Cloud Service Providers) para que o cliente possa se conectar também, se assim o desejar.

Por esse motivo, a conectividade é um dos muitos fatores que influenciam a decisão de contratação de um serviço como o Colocation, por exemplo. E assim, haverá diversas maneiras de atender às necessidades específicas de conectividade de uma empresa, como por meio de acesso à Internet, de conexões diretas, de rampas de acesso à nuvem, entre outras.


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