Tendências em infraestrutura e operações: conheça as previsões do Gartner para 2025

Leitura de 9 minutos
16/01/25

O ano começou a todo vapor e as organizações entram em uma fase estratégica, onde as mais diversas áreas começam a implementar os planos e orçamentos definidos para o período. Mais especificamente no setor de tecnologia da informação, sabe-se que se manter atento às tendências em infraestrutura e às demais movimentações do mercado é crucial para que sua TI esteja pronta para atender às inúmeras demandas corporativas.

Não à toa, é fundamental estarmos atentos às previsões compartilhadas pelos principais analistas e institutos de pesquisa, como o Gartner, em relação ao que promete moldar o mercado nos próximos meses. Esse tipo de prognóstico é, sem dúvida, fundamental para que os líderes de TI possam tomar decisões estratégicas de forma embasada, para manter suas organizações na vanguarda da inovação.

Mas antes de olhar para o futuro, é preciso entender o que movimentou o mercado no último ciclo. De modo geral, 2024 foi um ano de intensa evolução tecnológica. Empresas ao redor do mundo intensificaram esforços para adaptar suas operações às demandas crescentes de novas tecnologias, como a inteligência artificial (IA).

Além disso, a busca por caminhos alternativos na produção energética para garantir o funcionamento dos Data Centers – cada vez mais demandados para suportar o funcionamento dessas novas tecnologias, se intensificou. Nessa seara, iniciativas como a autoprodução de energia renovável ganhou força, não apenas como resposta às preocupações com possíveis crises energéticas, mas também como parte de um compromisso crescente com as práticas sustentáveis.

Nesse cenário, as previsões do Gartner para 2025 surgem como uma bússola indispensável. Essas tendências prometem não apenas otimizar operações, mas também alinhar os objetivos de TI às metas estratégicas de negócios, garantindo um papel cada vez mais central para a infraestrutura de TI nas organizações modernas. Veja a seguir quais são elas:

#1. Revirtualização e devirtualização

Uma das principais tendências em infraestrutura e operações (I&O) identificadas pelo Gartner para 2025 é o movimento de revirtualização e devirtualização. Esse fenômeno surge como uma resposta às mudanças nas licenças de soluções baseadas em determinados fornecedores, que forçaram as equipes de TI a reavaliarem suas escolhas tecnológicas. Com isso, muitas empresas têm optado por migrar para a nuvem pública, explorar opções de nuvens distribuídas ou, até mesmo, retornar ao uso de nuvens privadas.

Essa tendência não se limita apenas à troca de hipervisores, mas inclui a adoção de tecnologias como hiperconvergência, containerização e a própria devirtualização, que elimina camadas de abstração para simplificar operações.

De acordo com os analistas do Gartner, para aproveitar ao máximo essa tendência os líderes devem realizar um inventário completo das implementações de virtualização existentes e suas interdependências. A partir disso, é possível identificar os gaps de habilidades na equipe de I&O e planejar capacitações que atendam às demandas das novas arquiteturas tecnológicas.

Essa iniciativa representa não apenas uma oportunidade de otimizar custos, mas também de aumentar a flexibilidade e a escalabilidade das operações. Desse modo, à medida que empresas buscam maximizar o valor de suas infraestruturas, a revirtualização e devirtualização se consolidam como estratégias fundamentais para acompanhar as rápidas mudanças no mercado global.

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#2. Programas de cultura e comportamento em segurança

A crescente sofisticação e diversidade de ataques cibernéticos tem exigido uma abordagem mais abrangente para a segurança nas empresas. Dentro desse contexto, uma das tendências em infraestrutura e operações destacadas pelo Gartner para 2025 é a implementação de Programas de Cultura e Comportamento em Segurança (SBCP).

Isso porque programas dessa natureza vão além de soluções tecnológicas, concentrando-se em promover mudanças comportamentais e culturais em toda a organização. Com eles, a ideia é minimizar incidentes de segurança relacionados a comportamentos inadequados dos colaboradores, como o uso de senhas fracas, cliques em links suspeitos ou o descumprimento de políticas internas.

De fato, os SBCPs ajudam a criar um ambiente no qual os funcionários passem a adotar, de maneira mais eficaz, os controles de segurança implementados, reduzindo riscos e otimizando os recursos dedicados à proteção cibernética. O Gartner destaca que esses programas não apenas aumentam a adesão às práticas de segurança corporativa, mas também impactam positivamente a cultura organizacional, alinhando todos os níveis da companhia às melhores práticas de segurança.

Para os líderes de I&O, essa tendência representa uma oportunidade de transformar os colaboradores em aliados no combate a ameaças cibernéticas, promovendo um ambiente mais resiliente e preparado para os desafios do futuro.


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#3. Cyberstorage

O aumento exponencial de dados gerados pelas empresas trouxe consigo o desafio de protegê-los contra ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas. Nesse cenário, o aumento nos investimentos em cyberstorage surge como uma das principais previsões do Gartner para 2025.

Esta modalidade utiliza uma abordagem inovadora para o armazenamento, fragmentando os dados em partes distribuídas por múltiplas localizações. Esses fragmentos são reagrupados instantaneamente quando necessário, tornando a custódia mais segura e resiliente contra ataques, como ransomware. Além disso, pode ser implementado como uma solução dedicada, uma funcionalidade integrada a plataformas nativas de storage de dados ou um conjunto de produtos independentes, que ampliam as capacidades de ciberproteção dos sistemas existentes.

De acordo com o Gartner, a adoção de cyberstorage exige uma análise detalhada dos riscos associados a interrupções ou violações de dados, além do aumento dos custos regulatórios e de seguros. Para líderes de I&O, isso significa construir um estudo de caso robusto para justificar o investimento, destacando os benefícios em termos de conformidade regulatória, redução de despesas com incidentes de segurança e resiliência operacional.

Com os dados se tornando o ativo mais valioso das organizações, o cyberstorage representa uma ferramenta essencial para garantir a proteção e a disponibilidade em um ambiente tecnológico cada vez mais complexo.


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#4. Resfriamento líquido

A crescente demanda por tecnologias avançadas, como inteligência artificial e machine learning, tem gerado uma necessidade significativa de capacidade computacional. Esse aumento na utilização de GPUs e CPUs de alta performance trouxe também um desafio: o gerenciamento eficiente do calor gerado por esses componentes. É nesse contexto que o resfriamento líquido de Data Centers desponta como um dos principais prognósticos para 2025, segundo o Gartner.

Essa tecnologia, que inclui métodos como troca de calor em portas traseiras, imersão e resfriamento direto no chip, oferece uma alternativa eficiente ao tradicional resfriamento por ar. Ao aproximar o processo de resfriamento das fontes de calor, a infraestrutura resfriada a líquido não apenas suporta os requisitos térmicos de novos chips, mas também viabiliza sua utilização em ambientes de borda (edge computing), onde o espaço e os recursos são frequentemente limitados.

Embora atualmente ainda seja considerada uma solução de nicho, o Gartner estima que esse modelo ganhará ampla adoção à medida que os novos ciclos tecnológicos exigirem maior densidade computacional.

Para os líderes de I&O, essa tendência representa uma oportunidade de implementar tecnologias que não apenas otimizem a eficiência operacional, mas também reduzam o impacto ambiental das operações de Data Center, alinhando-se às demandas de sustentabilidade.


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#5. Aplicações inteligentes

A ascensão da inteligência artificial generativa revelou o potencial das aplicações para operar de maneira mais inteligente e adaptativa. Por isso, o Gartner destacou as aplicações inteligentes como uma das principais tendências em infraestrutura e operações para 2025.

Esse tipo de aplicação é projetada para se adaptar ao contexto e à intenção de seus usuários, reduzindo a fricção digital e otimizando a interação entre os operadores humanos e o sistema. Como exemplo, ao compreender o comportamento dos usuários e integrar dados em tempo real por meio de APIs conectadas, as aplicações inteligentes podem oferecer experiências personalizadas e altamente eficientes. Além disso, têm a capacidade de operar autonomamente em algumas funções, alinhando-se tanto aos objetivos do sistema quanto do usuário.

Para líderes de I&O, as aplicações inteligentes prometem reduzir a necessidade de intervenções manuais, melhorando processos e liberando recursos valiosos para iniciativas mais estratégicas. Essa tendência também fortalece a capacidade das empresas de se diferenciarem em um mercado competitivo, ao proporcionar experiências que atendem às crescentes expectativas de clientes e parceiros.

A adoção de aplicações inteligentes será um diferencial essencial para empresas que buscam maximizar a eficiência operacional e transformar a interação com a tecnologia em um verdadeiro ativo estratégico.


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#6. Infraestrutura otimizada

À medida que o papel da infraestrutura de TI se torna cada vez mais estratégico, as organizações estão priorizando a escolha das soluções mais adequadas para cada caso de uso. A crescente adesão à essa abordagem, chamada de infraestrutura otimizada, é uma das previsões do Gartner para 2025.

A infraestrutura otimizada consiste em alinhar as decisões tecnológicas diretamente aos objetivos de negócios, utilizando uma abordagem orientada por resultados. Isso significa que as escolhas de infraestrutura devem ser compreensíveis não apenas às equipes técnicas, mas também para líderes de negócios, como executivos de unidades e C-level.

Esse alinhamento é facilitado pela adoção de práticas de engenharia de plataformas, que integram as necessidades operacionais e estratégicas em uma única visão.

De acordo com o Gartner, essa tendência permitirá que as equipes de I&O tenham maior suporte e aprovação das lideranças corporativas, aumentando a eficiência dos investimentos e melhorando os resultados de longo prazo. Para as organizações, a infraestrutura otimizada representa a oportunidade de construir ambientes tecnológicos altamente funcionais, escaláveis e, sobretudo, estratégicos para o sucesso organizacional.

“Essas tendências oferecem aos líderes a oportunidade de identificar as habilidades futuras necessárias e buscar insights para atender aos requisitos de implementação”, explicou Jeffrey Hewitt, analista vice-presidente do Gartner. “Elas fornecem a diferenciação necessária para que as empresas obtenham os benefícios ideais de suas operações de de Infraestrutura e Operações em 2025”, concluiu.


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