Machine learning: otimizando o Data Center para as cargas de trabalho da inteligência artificial
Leitura de 8 minutosNos últimos anos, o machine learning (ML) – que pode ser traduzido como aprendizado de máquina ou aprendizagem de máquina -, em conjunto com outras inovações derivadas da inteligência artificial (IA), vêm constantemente transformando a rotina de inúmeras organizações em todo o mundo, ao impulsionar avanços sem precedentes em processos de automação, análise de dados e de tomada de decisão.
No entanto, embora essas tecnologias tragam um imenso potencial evolutivo, sua adoção ainda enfrenta importantes desafios. Muitas empresas têm navegado com cautela no cenário do aprendizado de máquina e da IA, principalmente devido a preocupações com a adequação de seus Data Centers para suportá-las, além da necessidade de atualização de suas equipes internas e de estratégias de modernização abrangentes.
À medida que as aplicações de machine learning se tornam cada vez mais predominantes em diversos setores, como finanças, saúde e manufatura, a demanda por uma infraestrutura de Data Center robusta e eficiente aumenta exponencialmente. Por isso, seus gestores se veem na encruzilhada dessa revolução impulsionada pela tecnologia, compelidos a repensar suas arquiteturas tradicionais e a adotar soluções de ponta para atender às crescentes demandas das cargas de trabalho da inteligência artificial.
Surge, então, uma questão crítica: como os proprietários de centros de processamento de dados podem modernizar proativamente sua infraestrutura, não apenas para suportar o cenário atual, mas também para que permaneça adaptável aos desafios futuros que a IA e o aprendizado de máquina inevitavelmente trarão?
Siga conosco na leitura desse artigo e descubra como os Data Centers podem abraçar o potencial do aprendizado de máquina e contribuir para o crescimento tecnológico da organização. Veja mais a seguir:
O que é machine learning e qual é o seu objetivo?
De acordo com a definição do MIT Sloan School of Management, machine learning é um subcampo da inteligência artificial, que é amplamente definido como a capacidade de uma máquina de imitar o comportamento humano inteligente. Aqui, os sistemas de inteligência artificial são usados para executar tarefas complexas de maneira semelhante à maneira como os humanos resolvem problemas.
Nesse cenário, o objetivo da IA é criar modelos computacionais capazes de exibir “comportamentos inteligentes” como os humanos, de acordo com Boris Katz, principal pesquisador e chefe do Grupo InfoLab da CSAIL. Isso quer dizer que máquinas que podem reconhecer uma cena visual, entender um texto escrito em linguagem natural ou realizar uma ação no mundo físico.
De modo geral, pode-se dizer que o aprendizado de máquina é uma maneira de se aplicar e usar a inteligência artificial. Esta definição foi inicialmente cunhada na década de 1950 pelo pioneiro da IA, Arthur Samuel, mais especificamente como “o campo de estudo que dá aos computadores a capacidade de aprender sem serem explicitamente programados”.
Para que serve o aprendizado de máquina?
Em suma, pode-se afirmar que a principal aplicação do machine learning é a aplicação de dados e algoritmos para permitir que computadores e sistemas aprendam com padrões, identifiquem insights e tomem decisões sem programação explícita.
Por esse motivo, os benefícios da adoção do aprendizado de máquina são vastos e se estendem a inúmeros setores. Ao aproveitar essa tecnologia, as empresas podem desbloquear novas oportunidades, aumentar a eficiência operacional e obter uma vantagem competitiva.
Como exemplo, em setores como saúde e finanças, o machine learning pode revolucionar os processos de tomada de decisão. Ao analisar grandes quantidades de dados do paciente, os profissionais da equipe médica podem fazer diagnósticos mais precisos e traçar planos de tratamento personalizados. No setor financeiro, seus algoritmos podem identificar transações fraudulentas e avaliar os riscos de crédito com mais eficiência, levando a um melhor gerenciamento de risco e maior confiança do cliente.
Já no varejo e no comércio eletrônico, o aprendizado de máquina pode melhorar significativamente a experiência do cliente e aumentar as vendas. Aqui, recomendações personalizadas de produtos com base no comportamento do usuário podem aumentar a satisfação do cliente e gerar novos negócios. Além disso, as empresas podem otimizar sua cadeia de suprimentos e o gerenciamento de estoque por meio da previsão de demanda, reduzindo custos e minimizando o desperdício.
Nos setores industrial e de manufatura, o machine learning permite a manutenção preditiva. Ao analisar dados de sensores de máquinas e equipamentos, é possível identificar padrões que indicam potenciais falhas, permitindo manutenção proativa para evitar paradas dispendiosas. Além disso, permite a otimização dos processos de produção, garantindo maior qualidade do produto e eficiência.
No geral, a adoção do aprendizado de máquina nos mais variados setores traz benefícios como melhoria na tomada de decisões, experiências aprimoradas do cliente, economia de custos e aumento da produtividade. Por esse motivo, as empresas que adotam essa tecnologia conseguem obter uma vantagem competitiva considerável, posicionando-se para o sucesso no cenário em rápida evolução.
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O impacto do machine learning nos Data Centers
Apesar dos inúmeros benefícios que a tecnologia oferece, a adoção massiva do aprendizado de máquina pode afetar profundamente os requisitos de uma infraestrutura de Data Center. Isso porque, com a crescente demanda por poder de processamento e armazenamento para lidar com cargas de trabalho da inteligência artificial, torna-se necessário priorizar a escalabilidade e o desempenho.
De fato, as arquiteturas tradicionais podem ter dificuldades para acomodar a complexidade computacional dos algoritmos de machine learning. Portanto, há uma necessidade premente de empregarem estratégias de modernização que incluam soluções de computação de alto desempenho, hardware avançado e sistemas distribuídos. Assim, será possível prover o manuseio contínuo de tarefas intensivas em dados.
Proprietários de Data Centers que negligenciam a modernização da arquitetura de TI para o uso do machine learning podem enfrentar vários desafios, passíveis de prejudicar sua capacidade de se manterem competitivos. Nesse cenário, a falta de adaptação poderá levar a organização como um todo a gargalos de performance, maior tempo de inatividade (downtime) e ao aumento dos custos operacionais.
Além disso, hardware inadequado e sistemas desatualizados podem impedir o aproveitamento total do potencial do aprendizado de máquina, limitando os benefícios que ele pode trazer à organização. Para enfrentar esses desafios, os proprietários de Data Centers devem investir proativamente em:
- upgrade da estrutura
- recrutamento de pessoal qualificado, com experiência em aprendizado de máquina
- e desenvolvimento de um roteiro abrangente voltado à escalabilidade futura, para permanecer na vanguarda do cenário tecnológico em rápida evolução.
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Melhores práticas para garantir a adequação do Data Center
Como vimos, à medida que a demanda por processamento e análise de dados continua aumentando, é fundamental que os líderes de tecnologia adequem proativamente sua infraestrutura para os desafios das cargas de trabalho de inteligência artificial – em especial, do machine learning.
Para ajudá-lo nesta tarefa, listaremos algumas das melhores práticas recomendadas para otimizar performance do Data Center e para aprimorar a gestão de recursos, além de reforçar a resiliência geral, minimizando possíveis riscos e interrupções:
- Realizar benchmarking de desempenho e testes de estresse para cargas de trabalho de aprendizado de máquina: avalie minuciosamente os recursos de sua infraestrutura, realizando benchmarking de desempenho e testes de estresse. Essa prática ajuda a identificar possíveis gargalos, a avaliar a resposta do sistema sob cargas de trabalho pesadas e a ajustar a alocação de recursos para otimizar o desempenho;
- Implementar ferramentas de monitoramento e análise para identificar e lidar com possíveis gargalos de forma proativa: utilize ferramentas de monitoramento e análise para obter informações em tempo real sobre o desempenho do seu Data Center. O monitoramento proativo permite detectar e resolver problemas antes que eles aumentem, garantindo operações tranquilas e minimizando o risco de tempo de inatividade;
- Investir em manutenção regular e atualizações para acompanhar a evolução da tecnologia: fique à frente no mundo acelerado da tecnologia, investindo em manutenção frequente e em atualizações de infraestrutura. Essa prática garante que seu Data Center esteja equipado com os mais recentes avanços de hardware e software, permitindo o aproveitamento total dos recursos das aplicações;
- Estabelecer estratégias de recuperação de desastres e backup de dados para proteger conjuntos de dados críticos: o aprendizado de máquina depende muito de dados e, por isso, a perda de conjuntos de dados críticos pode ser prejudicial. Implemente estratégias robustas de recuperação de desastres e backup de dados para proteger a organização contra perda de dados, assim como para garantir a continuidade dos negócios mesmo diante de eventos imprevistos.
Estas são etapas vitais para aperfeiçoar as operações do Data Center e garantir a integração perfeita com cargas de trabalho de aprendizado de máquina. Ao aderir a essas recomendações, será possível estabelecer uma base sólida para a adoção, com confiança, das novas tecnologias da era digital, impulsionando a inovação e alcançando um crescimento sustentável nesta era orientada por dados.
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