06/12/24

Os Data Centers são capazes de atender à crescente demanda por energia sem comprometer planeta? A resposta é sim. E, sem dúvida, o caminho está na transição para o consumo proveniente de modelos mais sustentáveis, como a autoprodução de energia renovável. Esta é uma solução cada vez mais indispensável, em um cenário de expansão acelerada das infraestruturas digitais.

Com o avanço de tecnologias como a inteligência artificial, o consumo energético vem atingindo níveis sem precedentes, forçando organizações dos mais variados setores e tamanhos a buscarem alternativas capazes de assegurar a resiliência operacional enquanto reduzem sua pegada de carbono.

Nesse cenário, a energia eólica se destaca como uma das fontes mais promissoras para as iniciativas de autoprodução energética, principalmente nos Data Centers brasileiros. Com custos de geração cada vez mais competitivos, um ciclo operacional de alta eficiência e disponibilidade em regiões estrategicamente posicionadas, a energia proveniente da força do vento atende tanto à necessidade de fornecimento contínuo quanto às rigorosas metas de sustentabilidade exigidas pelo mercado internacional.

Quer saber mais sobre as tendências globais e sobre como a América Latina – e, em especial, o Brasil – vem performando nesse cenário? Leia a seguir:

O que é autoprodução de energia renovável?

A autoprodução de energia renovável (ou de energia limpa, como também é conhecida, por não causar impactos negativos ao meio ambiente) é um modelo em que determinada organização gera parte ou a totalidade da energia necessária para abastecer sua infraestrutura, usando fontes renováveis.

Entre as principais matrizes renováveis existentes, podemos destacar:

• Energia solar: é captada por meio de painéis fotovoltaicos que transformam a luz do sol em eletricidade. Essa fonte é amplamente utilizada em regiões de alta incidência solar, como o nordeste brasileiro, oferecendo baixos custos de manutenção e contribuindo para a diversificação do mix energético;

• Energia eólica: é gerada pelo movimento de turbinas que são acionadas pela força do vento. Ideal para países como o Brasil, com abundância de recursos naturais e condições climáticas favoráveis, a energia eólica é uma das mais eficientes e utilizadas no modelo de autoprodução, especialmente em operações ininterruptas como os Data Centers;

• Energia hidrelétrica: nesse modelo, usinas capturam a força da água em movimento para gerar energia elétrica. Apesar de requererem infraestrutura de grande porte, são uma das fontes renováveis mais consolidadas, com alta confiabilidade e capacidade de geração em larga escala;

• Biomassa: proveniente de matéria orgânica, como resíduos agrícolas e florestais, a biomassa é convertida em energia por meio de processos como combustão ou fermentação. Essa fonte é especialmente útil para organizações que buscam soluções renováveis e que têm acesso a resíduos industriais ou agrícolas.

Vantagens da energia renovável

Entre suas principais vantagens, a autoprodução de energia renovável permite maior controle sobre o fornecimento energético, a redução de custos operacionais e o alinhamento às práticas de ESG (ambiental, social e governança), que são cada vez mais exigidas pelo mercado global.

Nesse contexto, a energia eólica, por exemplo, oferece um suprimento consistente e sustentável, especialmente em países como o Brasil, que se beneficia de vastos recursos naturais e de condições climáticas favoráveis para a geração abundante de energia proveniente da força dos ventos.

Além de ser sustentável, a autoprodução de energia renovável ainda reduz a dependência de fontes tradicionais, como os combustíveis fósseis, e mitiga os riscos associados à flutuação de preços no mercado energético.

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Energia eólica em Data Centers: principais benefícios

Mais especificamente no setor de Data Centers, a tendência de construção de fontes próprias para a geração de energia limpa tem ganhado destaque por atender às necessidades fundamentais de resiliência e eficiência. Isso porque esse tipo de estrutura de missão crítica opera 24 horas por dia e depende de um suprimento energético estável para suportar operações essenciais, como o armazenamento de dados e o processamento de informações.

Nesse setor, a energia eólica tem se destacado como uma das fontes renováveis mais promissoras. Isso porque sua capacidade de gerar grandes volumes de eletricidade de forma limpa e eficiente a posiciona como uma escolha estratégica. Assim, é ideal para empresas e entidades governamentais que buscam equilíbrio ambiental, sem comprometer a operação contínua de suas infraestruturas críticas.

Entre seus principais benefícios, podemos destacar:

• Eficiência energética e custo competitivo: a energia eólica é cada vez mais reconhecida por seus custos de geração reduzidos, especialmente em regiões com condições climáticas favoráveis, como o Brasil. Além disso, oferece estabilidade de preços, protegendo os orçamentos das flutuações no mercado de energia tradicional;

• Baixo impacto ambiental: como fonte limpa, a energia eólica não emite gases de efeito estufa durante sua operação, contribuindo diretamente para a redução da pegada de carbono;

• Capacidade de expansão: parques eólicos podem ser escalados para atender à pungente demanda, oferecendo flexibilidade para Data Centers em expansão ou que operam em regiões remotas, com menor acesso à rede convencional.

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Tendências globais e crescimento do mercado de energia renovável

Inevitavelmente, a aceleração da transição energética está remodelando o consumo em todo o mundo, estimulada pelo avanço dos modelos renováveis. Fontes como a solar e a eólica devem liderar a expansão da capacidade energética nas próximas décadas, refletindo uma mudança significativa no consumo.

Essa transformação está, sem dúvidas, alinhada à metas de sustentabilidade e à florescente demanda por eletricidade em setores críticos, como o de Data Centers.

As tendências globais reforçam esse movimento. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), as energias renováveis superarão o carvão como principal fonte energética até 2025. Entre 2023 e 2028, a capacidade global de geração renovável deve avançar em 7.300 GW, sendo 95% desse volume proveniente de energia solar e eólica. E em particular no caso do mercado de energia eólica, a previsão é de uma produção global de 2,11 trilhões de kWh em 2024, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 8,34% até 2029.

Esse salto não apenas transforma o mix energético mundial, mas também posiciona mercados emergentes, como o Brasil, como protagonistas na transição para uma economia digital mais verde.

E voltando-nos ao contexto dos Data Centers, essa evolução é essencial. Isso porque a ascensão da inteligência artificial e da cloud computing está gerando uma demanda exponencial por energia, desafiando as empresas a adotarem modelos que garantam eficiência e sustentabilidade. Mercados emergentes, como o Brasil, têm papel central nesse cenário, graças à sua matriz energética limpa e à abundância de recursos naturais.

O investimento em autoprodução de energia renovável, especialmente em fontes como eólica e solar, tem permitido que empresas adaptem suas operações às tendências internacionais. Além de reduzir emissões, essas estratégias fortalecem a resiliência energética, um diferencial competitivo no mercado de Data Centers, que exige operações 24/7 com garantia de fornecimento estável e sustentável.

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A estratégia sustentável da ODATA para avançar na América Latina

Com a progressiva demanda por infraestrutura digital, a ODATA tem adotado uma estratégia robusta de crescimento sustentável para atender ao mercado de Data Centers de hiperescala na América Latina. Essa abordagem combina expansão acelerada com investimentos consistentes em autoprodução de energia renovável, consolidando sua posição como referência em sustentabilidade ambiental no setor.

Um dos pilares dessa estratégia é a diversificação de suas matrizes energéticas, que reduz a dependência de fontes poluentes e promove uma operação resiliente e alinhada às metas de ESG.

“O compromisso com a sustentabilidade é um pilar fundamental da ODATA. Fomos o primeiro fornecedor de Data Center de hiperescala no Brasil a ter 100% do consumo a partir de investimento direto em fontes renováveis”, explica Ricardo Alário, CEO LatAm da empresa.

Atualmente, a companhia mantém cinco data centers no Brasil, quatro no México, dois no Chile e um na Colômbia, entre unidades já operacionais e em construção. Além disso, novos campi estão em desenvolvimento para atender à alta demanda por serviços de TI na região. Esse avanço é impulsionado por parcerias estratégicas de longo prazo, estabelecidas com líderes no setor de energia renovável, que garantem um fornecimento energético limpo e confiável para sustentar suas operações.

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“Estamos felizes pela solução de autoprodução de energia renovável estar sendo adotada pela indústria, contribuindo significativamente para a transformação do Brasil em um hub estratégico e ecológico para o setor de Data Centers”.

Ricardo Alário, CEO LatAm da ODATA

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Parceria com a Serena Energia: reforçando a capacidade energética de matriz limpa dos Data Centers ODATA

Recentemente, a ODATA anunciou a ampliação de sua parceria com a Serena Energia, o que representa um marco significativo no fortalecimento da autoprodução de energia renovável para seus Data Centers no País. Desde 2023, as empresas trabalham juntas para integrar soluções energéticas limpas às operações brasileiras, com o fornecimento de energia eólica a partir do Complexo Eólico Assuruá IV, localizado em Xique-Xique, na Bahia.

Com este novo acordo, a ODATA aumentou o volume de energia contratado em 135%, garantindo que sua rápida expansão de infraestrutura ocorra de forma sustentável e alinhada às metas globais de ESG. Com capacidade total de 212 MW, o Assuruá IV utiliza tecnologia de ponta para capturar a força dos ventos da região, uma das mais favoráveis no Brasil para geração eólica.

Segundo Ricardo Alário, essa parceria não apenas reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade, mas também posiciona o Brasil como um hub estratégico para a ampliação dos Data Centers verdes. A colaboração com a Serena Energia demonstra que investimentos em energia limpa não são somente viáveis, mas essenciais para garantir competitividade e responsabilidade ambiental em um mercado cada vez mais exigente.

Colaboração com a Casa dos Ventos: inovação em energia eólica

Além da parceria com a Serena Energia, a ODATA também firmou um acordo com a Casa dos Ventos, empresa de soluções sustentáveis que atua como protagonista para acelerar a transição energética. Assim, a companhia reforça sua capacidade energética proveniente de matriz limpa e renovável para suas operações no Brasil. O contrato de longo prazo permitirá que a ODATA se beneficie da energia gerada pelo Complexo Eólico Babilônia Sul, localizado em Várzea Nova, na Bahia.

Para Lucas Araripe, diretor executivo da Casa dos Ventos, esse acordo demonstra como inovação e sustentabilidade podem andar lado a lado. “O Brasil está muito bem posicionado para atender à expansão da indústria de Data Centers. Temos oferta abundante de energia renovável a preços competitivos globalmente, além de uma matriz limpa e com disponibilidade de conectar carga de forma rápida para novos centros de dados, o que outras geografias não têm”.

Com 80 aerogeradores e uma capacidade instalada de 360 MW, o Babilônia Sul recebeu um investimento de R$ 1,8 bilhão e é projetado para evitar a emissão de aproximadamente 720 mil toneladas de CO₂ anualmente — o equivalente ao plantio de cerca de 4 milhões de árvores. No caso dos Data Centers, que dependem de fornecimento contínuo de energia, essa confiabilidade é essencial para manter operações críticas e atender à próspera demanda de serviços digitais.

“Imaginamos um futuro em que o Brasil não apenas se destaque no mercado global de Data Centers, mas também se torne uma alternativa viável e sustentável ao crescimento exponencial da demanda por capacidade. Ao incorporar uma fonte de energia limpa e autossuficiente, não apenas reduzimos a pegada de carbono da ODATA, mas fortalecemos o nome do nosso País como referência mundial em sustentabilidade”, conclui Ricardo Alário. 

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