Revolucionando a infraestrutura de dados: entenda o papel da autoprodução de energia
Leitura de 9 minutosNuma época marcada pelo crescimento digital, o mundo caminha para um futuro no qual a necessidade de energia para apoiar as atividades pessoais e empresariais é enorme. Por sua vez, à medida que o consumo energético continua a avançar, é evidente que a dependência de combustíveis fósseis já não é viável. É aqui onde a autoprodução de energia desponta como uma alternativa viável para atender às crescentes demandas das infraestruturas tecnológicas – em especial, dos data centers.
De fato, a importância de se adotar fontes de energia mais limpas nunca foi tão grande. Abraçar esta mudança não apenas garante o amanhã, mas também promove a resiliência e a criatividade na satisfação da carência energética do mundo interconectado.
Em resposta a esta tendência, a autoprodução de energia vem ganhando força no cumprimento dos requisitos energéticos dos centros de dados, ao mesmo tempo em que diminui a dependência das redes elétricas.
Neste cenário, a autoprodução de energia inclui a geração de eletricidade limpa no local, por meio de fontes como as usinas eólicas. Este método representa uma mudança nas práticas de aquisição energética, permitindo aos data centers produzi-la de forma autônoma.
Quer saber mais sobre este movimento? Ao longo deste artigo, iremos nos aprofundar nos impactos da autoprodução de energia nos data centers, incluindo o aumento da resiliência e a redução da pegada ambiental, ao mesmo tempo em que promovemos a sustentabilidade a longo prazo. Leia a seguir:
O que é autoprodução de energia
Compreender o conceito de autoprodução de energia é crucial para navegar no cenário das soluções tecnológicas atuais. De modo geral, a prática envolve essencialmente a geração de eletricidade no local, proporcionando independência das redes energéticas.
Por sua vez, esta mudança para sistemas energéticos descentralizados capacita indivíduos e empresas a utilizarem recursos adequados ao suprimento de suas demandas, ao mesmo tempo em que reduz o impacto ambiental.
Assim, além de diminuir sua pegada de carbono, as organizações ainda melhoram a resiliência e blindam sua estrutura tecnológica mitigando as interrupções de energia, o que garante a continuidade das operações.
Na prática, a autogeração de energia utiliza métodos que aproveitam recursos renováveis para produzir eletricidade de forma sustentável. E, entre elas, vale destacar:
- Energia solar: é uma opção líder na conversão da luz solar em eletricidade por meio de painéis;
- Energia hidrelétrica: utiliza a força da água corrente, como rios ou represas, por meio de turbinas, como forma de produzir energia de forma independente;
- Energia eólica: aproveita a força das turbinas movidas pelo vento.
A adoção destes métodos não somente apoia a sustentabilidade ambiental, mas também incentiva a inovação e a resiliência na produção de energia. Além disso, a redução da dependência das redes públicas ajuda a mitigar os riscos associados à distribuição energética, garantindo um fornecimento mais estável e seguro, seja para indivíduos ou empresas.
Energia limpa: o papel no cenário energético
Em face das alterações climáticas, investir em alternativas aos combustíveis fósseis tradicionais é crucial, já que esse tipo de solução resulta numa redução significativa das emissões de gases de efeito de estufa.
Assim, fontes de energia limpa, como a geração solar, eólica e hidrelétrica, são caracterizadas pela minimização de seu impacto no meio ambiente, desempenhando um papel fundamental na remodelação do nosso panorama energético, rumo a um futuro mais amigo do planeta.
Hoje, a indústria de data centers, conhecida por demandar altos níveis de energia, reconhece a importância da sustentabilidade nas suas operações. Com o aumento contínuo das atividades online, os centros de dados precisam de grandes quantidades de energia para sustentar as rotinas diárias. Por isso, adotar práticas como a autoprodução de energia é essencial para que reduzam o seu impacto ambiental e contribuam para iniciativas globais destinadas a enfrentar as alterações climáticas.
Ao concentrarem-se nos esforços de ESG, gestores e proprietários de infraestruturas de data centers podem melhorar a capacidade de resistir aos desafios obtendo reconhecimento como pioneiros, na promoção de uma mudança, em direção a um cenário energético ecológico mais verde.
LEIA TAMBÉM: Saiba porque a TI verde é uma tendência cada vez mais forte para a digitalização responsável
A importância da energia limpa para os Data Centers
A autossuficiência energética é crucial para os data centers, já que aumenta a confiabilidade e a resiliência da estrutura. Isso porque funcionam 24 horas por dia e, para isso, ter uma fonte de energia ininterrupta é vital.
Com a autoprodução de energia, em especial a eólica, é possível não apenas melhorar os indicadores de sustentabilidade da operação, mas reduzir os riscos associados a falhas ou flutuações da rede, garantindo operações e acessibilidade aos dados. Essa maior confiabilidade não apenas protege contra perdas de receita decorrentes de tempo de inatividade, mas também melhora a satisfação do cliente, mantendo níveis de serviço consistentes.
Além disso, a energia autoproduzida promove a redução de custos e outros benefícios a longo prazo. Embora o investimento inicial em infraestruturas energéticas possa parecer substancial, os custos operacionais contínuos são muito inferiores aos dos métodos de aquisição de energia.
Além disso, à medida que as tecnologias de energias renováveis progridem e se tornam mais eficientes, o retorno do investimento em projetos de autoprodução melhora, aumentando a sua viabilidade. Esta relação custo-eficiência aumenta o desempenho dos centros de dados e fortalece a sua competitividade no mercado.
SAIBA MAIS: Entenda porque os Data Centers precisam da energia renovável
O cenário da autoprodução de energia na América Latina
Nos próximos anos, o cenário energético da América Latina deverá ser impactado pela política, pelas altas taxas de juros e pelo envelhecimento das infraestruturas. Apesar destes desafios, espera-se um aumento nos investimentos, à medida que a região continua a sua mudança em direção à eletrificação limpa.
O estudo apresenta a região como um ator fundamental na transição energética global, destacando seu potencial em projetos de energia verde e recursos naturais abundantes. O levantamento Energy Perspectives in Latin America, da a Agência Internacional de Energia (AIE), aponta que os combustíveis fósseis constituem aproximadamente dois terços da envergadura energética da região, um valor muito abaixo da média global de 80%. Isso representa uma vantagem notável para a América Latina na prossecução de objetivos de emissões zero, posicionando a região favoravelmente no contexto mais amplo do cenário energético global em evolução.
De fato, a América Latina está preparada para se tornar um interveniente na economia energética emergente. Com a sua geografia favorável e amplos recursos naturais, as previsões econômicas sugerem que poderá emergir como um centro líder na geração de energias renováveis até 2030, saltando dos atuais 11% para 40% em 2050.
Brasil, Chile e México
Países como o Brasil, o México e o Chile desempenham um papel fundamental na condução da transição da América Latina para opções energéticas mais sustentáveis. Os três estão na vanguarda da energia fotovoltaica (PV) e nos esforços de desenvolvimento eólico. Esta extensa região, que se estende até a América Central e do Sul, tem potencial para avançar e exportar biocombustíveis e soluções de hidrogênio de baixas emissões.
O Brasil, conhecido como “gigante natural”, se destaca no mercado por gerar mais de 86% de sua energia por meio de fontes próprias. Países menores, como o Panamá e a Costa Rica, também estão fazendo progressos.
Ao lado da Argentina, pode-se dizer que estas nações estão na vanguarda do aproveitamento da energia solar e eólica. A região está testemunhando um aumento nos investimentos em parques eólicos, abrindo caminho para que a América Latina possa potencialmente satisfazer a procura global de hidrogênio no futuro.
Hoje, projetos hidrelétricos notáveis são encontrados em toda a América do Sul, com uma das barragens de maior relevância situada na fronteira entre o Paraguai e o Brasil. Estes projetos desempenham um papel basilar no fornecimento de metade das necessidades de eletricidade dos seus países, indicando perspectivas promissoras de crescimento para a energia hidrelétrica no curto prazo.
Além disso, a bioenergia está ganhando força no cenário energético da América do Sul. A região está preparada para emergir como produtora de hidrogênio e combustíveis ecológicos a preços acessíveis.
Para os investidores que procuram estes mercados, vale destacar a existência de regulamentações governamentais que envolvem os setores público e privado, bem como agências de cooperação internacional, que visam promover o desenvolvimento social no México, na América Central e em toda a América do Sul.
LEIA TAMBÉM: Data Centers na América Latina: perspectivas de crescimento e tendências emergentes
ODATA: parque eólico próprio abastece Data Centers no Brasil
Você sabia que a ODATA está investindo em energia limpa e já abastece seus Data Centers, no Brasil, com a autoprodução energética? No início de 2022 a empresa fechou acordo com a Serena, antiga Omega Energia, para obter participação no parque eólico Assuruá IV (212 MW) situado em Xique Xique, na Bahia.
Esta etapa posicionou a ODATA como o primeiro provedor de serviços de data center em hiperescala na América Latina a gerar energia no local para todas as necessidades de seus campi, pondo em prática seu propósito de melhorar a infraestrutura da região e mantendo os mais altos padrões de sustentabilidade. Desde novembro do ano passado, toda a energia utilizada pelas unidades da ODATA no Brasil é adquirida internamente.
Saber de onde vem a energia dos seus Data Centers é vital, quando se considera o impacto das estruturas. Com o aumento do consumo de dados e de tecnologias digitais, que exigem mais energia para seu funcionamento, é crucial que a indústria priorize a adoção de tecnologias amigáveis ao meio ambiente. Para atingir este objetivo, a redução de custos e a transição para fontes de energia mais limpas são fundamentais.
Como parte do seu compromisso com as práticas de ESG, a ODATA se orgulha de ser, hoje, autossuficiente na produção de energia para os seus Data Centers brasileiros.
Quer saber mais sobre os benefícios da autoprodução de energia limpa?
E-BOOKS exclusivos
para você conhecer mais sobre o mundo do Colocation
E-Book: Tendências Tecnológicas
Fazer o downloadMelhore os índices de sustentabilidade da sua empresa
Fazer o download