Segurança e saúde no trabalho em Data Centers: práticas essenciais para a era digital

Leitura de 16 minutos
30/04/24

Pautas relacionadas à segurança e saúde no trabalho têm recebido uma atenção cada vez maior em todos os setores – e são especialmente críticas no mercado de Data Centers. Isso porque os centros de dados são ambientes altamente complexos e que apresentam desafios únicos, como exposição a substâncias químicas e riscos ergonômicos e elétricos, que requerem medidas rigorosas para resguardar os profissionais que neles trabalham.

Com a expansão da infraestrutura digital e o aumento na procura por serviços de armazenamento e processamento de dados, motivado pela massificação das novas tecnologias, a necessidade de manter práticas sólidas de segurança no trabalho se torna ainda mais pungente. E não apenas para garantir o bem-estar físico das equipes, mas também para assegurar o funcionamento contínuo e eficaz dos serviços vitais para a economia digital global.

Em virtude da importância do tema, desde 28 de abril de 2003 a Organização Internacional do Trabalho (OIT) celebra o World Day for Safety and Health at Work (Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho), ressaltando, em todo o mundo, a importância da prevenção de acidentes e doenças no ambiente laboral. Com a iniciativa, a instituição visa aumentar significativamente a consciencialização sobre como tornar o dia a dia de trabalho mais protegido e salubre.

28 de abril é também o Dia Internacional de Comemoração dos Trabalhadores Mortos e Feridos, organizado mundialmente pelo movimento sindical desde 1996, quando uma explosão em uma mina, situada na Virginia (Estados Unidos), matou 78 trabalhadores.

Para entendermos melhor a relevância da agenda de segurança e saúde em Data Centers, convidamos os especialistas da ODATA – Fernanda Siqueira, coordenadora de ESG, e Weliton Alves, coordenador de EHS – para um bate-papo sobre riscos, legislação e boas práticas do setor. Confira, a seguir, a entrevista na íntegra.

O cenário da segurança e saúde no trabalho no setor de Data Centers

Antes de avançarmos para a entrevista, vale entendermos o cenário da segurança e saúde no qual os Data Centers estão inseridos. Inicialmente, vale dizer que para atender às exigentes demandas das operações contínuas de uma infraestrutura de dados é necessário muito planejamento, engenharia e manutenção operacional. No entanto, o ambiente ideal para o maquinário nem sempre é o mais adequado para os colaboradores.

Há diversos riscos potenciais no uso de equipamentos e sistemas de energia em centros de dados: desde painéis elétricos de alta voltagem até baterias UPS, materiais inflamáveis ​​e atividades como manutenção em locais elevados, movimentação de equipamentos pesados ​​e manuseio de combustíveis.

Por isso, sem a observância dos procedimentos de segurança adequados, mesmo profissionais altamente treinados correm o risco de sofrer acidentes.

Coquetel de riscos

A conformidade das operações empresariais com as boas práticas de EHS – sigla do termo em Inglês ‘Environment, Health and Safety´ – permite a inserção de padrões ambientais, sociais e de governança (ESG) nas práticas diárias. E isso inclui a mitigação das mais diversas situações de risco a que o colaborador possa estar exposto, como as intempéries climáticas – um dos maiores problemas dos nossos tempos.

De acordo com o relatório Ensuring safety and health at work in a changing climate, divulgado em abril de 2024 pela OIT, as alterações nas condições atmosféricas oferecem uma ampla diversidade de riscos graves à saúde de mais de 70% da força de trabalho mundial. As consequências podem incluir doenças cardiovasculares e respiratórias, cancro, disfunções renais e problemas de saúde mental.

Assim, a organização estima que mais de 2,4 bilhões de profissionais (de uma força de trabalho global de 3,4 bilhões) estão expostos ao calor excessivo em algum momento durante a realização do seu ofício e que 26,2 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem com doença renal crônica associada ao estresse térmico no local de trabalho.

Vamos, então, à entrevista com os especialistas em EHS e ESG da ODATA:

1. Quais são os principais riscos para os profissionais que atuam no mercado de Data Centers?

Weliton Alves: De modo geral, podemos citar:

  • Riscos ergonômicos: os profissionais normalmente passam longos períodos sentados em frente a computadores, ocasionando problemas musculares, dores nas costas, pescoço, ombros e problemas de postura;
  • Exposição a agentes químicos: são utilizados alguns produtos químicos na rotina de trabalho dos Data Centers. Uma exposição prolongada a esses agentes, sem a proteção adequada, pode representar riscos à saúde e, consequentemente, irritação das vias respiratórias, culminando em problemas pulmonares e doenças na pele;
  • Riscos de acidentes elétricos: devido à exposição, de alguma maneira próximos, a equipamentos elétricos, entendo que o choque elétrico acaba sendo o maior dos riscos em nossa rotina.

Via de regra, como medidas de segurança que ajudam a mitigar esses riscos, a ODATA aposta em treinamentos, uso de equipamentos de proteção individual e procedimentos para um trabalho seguro. Entre as nossas principais iniciativas, vale destacar:

  • Campanhas de saúde e segurança;
  • Diálogos de segurança diários e semanais;
  • Key points de atividades de alto risco;
  • Comitês de EHS e boas práticas;
  • Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho;

Fernanda Siqueira: O trabalho em altura é, sem dúvidas, um dos maiores riscos que temos. Por isso, aqui na ODATA, temos procedimentos rigorosos que regulamentam a forma como essa atividade deve acontecer, levando as ameaças a níveis gerenciáveis. Por exemplo: evitamos ao máximo o uso de escadas, assim como plataformas elevatórias de trabalho e andaimes são inspecionados diariamente, com uma clara sinalização quanto ao seu estado.

Outro risco relevante a que os trabalhadores estão expostos no trabalho em Data Centers é o isolamento de energias, para que manobras possam ser feitas nos equipamentos em uso.

Nosso safety design é um diferencial em ambos os casos. Seguindo a hierarquia dos controles, trabalhamos em conjunto com a engenharia para eliminar ou diminui-los sempre que possível, desde a etapa de projeto.

Mas, de qualquer forma, o mais importante é que, aqui, a palavra-chave aqui é treinamento. Orientamos nossos colaboradores quanto ao entendimento da avaliação do risco a que estão expostos, para que sejam capazes de perceber os pontos de perigo. E que, continuamente, pensem na maneira mais segura de se realizar uma atividade, sendo esse o nosso maior valor. Capacitamos consistentemente todos que estão em nossos centros de dados, para que conheçam cada subetapa da tarefa quando precisarem realizá-la.

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2. Há especificidades, em termos de legislação ou de característica de trabalho, nos países onde a ODATA atua ou as iniciativas relacionadas a EHS são padrão em todas as praças?

Weliton Alves: As características de trabalho são idênticas e a legislação é específica em cada país, tendo algumas variações. No Brasil, por exemplo, temos 38 Normas Regulamentadoras, que são disposições complementares da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977.

Por sua vez, derivam delas obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e colaboradores, com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes laborais.

3. Qual é a importância da comunicação para engajar os times, no que tange às premissas de segurança e saúde no trabalho?

Fernanda Siqueira: A comunicação é um dos pilares fundamentais da cultura de segurança aqui na ODATA. Além de perceber um risco e implementar as medidas protetivas em relação a ele, precisamos comunicar a importância dessas medidas e o motivo de estarem ali.

É se comunicando com seus pares e gestores que o colaborador percebe novas maneiras de realizar uma tarefa e de atenuar uma ameaça. Por meio da inovação também se faz segurança do trabalho e é através do diálogo que ideias disruptivas chegam ao time de EHS.

Precisamos lembrar, ainda, que o ser humano tende a diminuir a zona de alerta quando “se acostuma” com um risco, isto é, quando se convive com ele há algum tempo, sem alarde. A comunicação entra aqui como o maior aliado, relembrando a necessidade de se implementar certas medidas sempre, como o uso do EPI.

Por fim, é por meio da comunicação que se promovem os treinamentos. É fundamental treinar a percepção de risco, exercitar procedimentos, normas regulamentadoras e o que fazer em situações de emergências.

É assim que a gente faz na ODATA. Trabalhamos para que a comunicação seja o mais efetiva possível, promovendo adaptações na linguagem para que seja plenamente compreendida pelo time. Também lançamos mão de incentivos de reconhecimento e dinâmicas de aprendizado, por exemplo, para alçarmos o objetivo maior, que é o de bem-estar e salubridade de todos nas nossas dependências.


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4. Como criar uma cultura de melhoria contínua, alterando ou cultivando comportamentos desejados?

Weliton Alves: Para que se estabeleça uma cultura de melhoria contínua na esfera da segurança e saúde no trabalho é fundamental adotar uma abordagem ampla, que incorpore diversos aspectos. Entre eles:

  • Treinamento: é preciso fazer com que o colaborador cumpra todos os treinamentos obrigatórios, mas não se limitando a eles. Diversos tipos de capacitação, com o foco nos riscos específicos da rotina do trabalhador e suas medidas preventivas, são fundamentais para a aumento da cultura de preservação. Por isso, é importante nos certificarmos de que todo o time, cada um dentro das suas atribuições, compreenda a política de EHS, os procedimentos de segurança e seja sempre atualizado com relação às boas práticas e lições aprendidas;
  • Comunicação efetiva: canais de comunicação devem estar sempre abertos para incentivar comunicados de incidentes, sugestões de melhorias e preocupações relacionadas à segurança. Podemos incluir reuniões regulares, comitês específicos, canal de sugestões, e-mails informativos e a implementação de um sistema de gestão de incidentes;
  • Reconhecimento e incentivo: programas de reconhecimento de comportamentos seguros e boas práticas adotadas pelos colaboradores contribuem fortemente para o estímulo de posturas positivas, o que é fundamental em uma cultura de melhoria contínua;
  • Análise de riscos: a avaliação periódica de riscos é crucial para identificar novas ameaças à segurança e à saúde no trabalho. É o que nos ajuda a implementar medidas corretivas;
  • Promoção de uma cultura de segurança: é preciso cultivar a mentalidade de segurança envolvendo todas as equipes; todos os colaboradores precisam se sentir responsáveis pela proteção uns dos outros. Discussões abertas, incentivando a colaboração e destacando a importância da segurança em todas as atividades, contribuem para esse objetivo;
  • Feedback e aprendizado: instituir um programa capaz de estabelecer um ciclo de feedback contínuo, onde as lições aprendidas com incidentes e melhorias sejam compartilhadas e incorporadas em futuras práticas de trabalho, é uma das iniciativas mais ricas. Isso permite o aprendizado com as experiências e a evolução nas abordagens de segurança.

5. Qual é a importância do envolvimento da alta gestão no planejamento estratégico de EHS e ESG?

Weliton Alves: ter uma liderança comprometida, envolvendo-a nas iniciativas de segurança e saúde no trabalho, é o ponto-chave para o sucesso. Os líderes precisam demonstrar um compromisso com o tema, com ações práticas. É preciso modelar comportamentos seguros e apoiar iniciativas de melhoria contínua.


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6. Quais são os principais impactos da transformação digital no ESG, em especial, à saúde e segurança no trabalho? O que é possível fazer para minimizá-los?

A gente enxerga a transformação digital como uma aliada do ESG, trazendo tecnologias que potencializam a área, inclusive na saúde e segurança do trabalho. Como, por exemplo, a aplicação da inteligência artificial no monitoramento das condições de trabalho, de realidade virtual para eliminar situações de risco e da análise de dados melhorada para embasar as ações.

Contudo, sabemos também que essa transformação impõe desafios, sobretudo no âmbito social do ESG. Dentre eles, destacam-se os riscos de segurança cibernética e o desemprego tecnológico. É imprescindível que esses temas sejam incluídos na agenda ESG, que deve contar com um robusto programa de cibersegurança e ações que promovam a inclusão digital em comunidades nas quais a empresa está inserida.

7. Como a conectividade pode melhorar a segurança dos trabalhadores e aumentar a produtividade das organizações?

A conectividade oferece diversas oportunidades para melhorar a segurança dos trabalhadores e aumentar a produtividade das equipes. Entre elas, podemos citar:

• Ferramentas digitais, como e-mail, mensagens instantâneas, videoconferências e redes sociais corporativas facilitam a comunicação rápida e eficiente, tornando-se útil em situações que exigem resposta rápida ou discussão colaborativa;

• A utilização de sensores e dispositivos conectados permite o monitoramento das condições em tempo real, facilitando a localização de trabalhadores e até a detecção de gases perigosos, fumaça, umidade ou temperaturas extremas. Com isso, possibilitam-se intervenções imediatas em condições inseguras, reduzindo o risco de incidentes;

• Plataformas de aprendizagem online têm sido utilizadas para treinar funcionários, simulando situações de risco sem os perigos reais. Isso ajuda a preparar melhor os trabalhadores para lidar com circunstâncias adversas e pode aumentar a consciência sobre procedimentos de segurança.


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8. Para 2024, a OIT escolheu os Impactos das mudanças climáticas como tema do Dia Mundial Segurança e Saúde no Trabalho. Quais são os principais riscos decorrentes dessas variações no setor de Data Centers?

As mudanças climáticas nos impõem eventos extremos com maior frequência, conforme estamos observando. Por isso, garantir a segurança dos trabalhadores durante esse tipo de ocorrência é um desafio super atual.

Dentro do setor de Data Centers, essa situação aparece mais durante a construção das estruturas, quando os trabalhadores ficam expostos às intempéries. Isso significa que precisamos fornecer condições de trabalho saudáveis, inclusive em cenários de calor intenso, ventos fortes ou chuvas extremas. Mas é claro que isso passa por planejamento e preparação. O primeiro passo é entender como esses eventos podem atingir os nossos profissionais. Em seguida, como nos adaptarmos a eles. Por fim, como reduzirmos os perigos residuais.

A ODATA fez um estudo de adaptação e mitigação aos episódios climáticos e um dos critérios da régua de avaliação dos riscos era justamente a saúde e segurança dos trabalhadores. Assim, quando um evento extremo nos atingiu recentemente (as ondas de calor do verão de 2023-2024), já tínhamos um protocolo em funcionamento. Reforçamos os pontos de hidratação, garantimos o repouso entre as tarefas e cancelamos as atividades em duas cidades quando as temperaturas impediam condições de trabalho saudáveis.

9. Como as iniciativas com foco em ESG contribuem para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas na segurança e saúde das comunidades dos entornos dos Data Centers, assim como para a sociedade como um todo?

As iniciativas em ESG da ODATA, como eficiência energética e consumo de energia renovável, colaboram para o combate à crise climática, que tem consequências globais. Ao contribuir com as metas do Acordo de Paris, com o respaldo da ciência (metas SBTi), estamos garantindo que nossas ações são suficientes para mitigar o impacto dessas mudanças para as próximas gerações.

Nossa agenda climática inclui o estudo de adaptação e mitigação a essas alterações nas condições climáticas. Na régua de avaliação de risco, temos critérios (por exemplo, financeiro e de reputação) e um dos mais relevantes é a segurança do trabalho. Ou seja, entender como os eventos climáticos extremos vão afetar o bem-estar e a proteção dos nossos colaboradores, assim como as comunidades no entorno. Nesse sentido, uns dos acontecimentos mais proeminentes para as geografias nas quais estamos inseridos são a escassez hídrica e as ondas de calor.

Em relação à questão da insuficiência de água, nossos Data Centers contam com refrigeração em sistema fechado de água, que garantem um consumo hídrico virtualmente zero. Quanto às ondas de calor, contamos com protocolos treinados com frequência, sobre como manter as operações saudáveis nessas condições e, inclusive, quando parar. Com isso, garantimos o enfrentamento a um dos maiores desafios do nosso século, priorizando o ativo mais importante: as pessoas.


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10. A abordagem integrada e holística de conectar saúde, segurança no trabalho e meio ambiente com o futuro é factível? O que a ODATA faz para garantir um mundo mais sustentável e saudável para as próximas gerações?

Quando pensamos em futuro, as ações a serem tomadas para garantir o bem-estar das próximas gerações certamente precisam ser realizadas no presente. Não é possível ir para outra direção, que não a do combate às mudanças climáticas, um dos maiores desafios dos nossos tempos.

Contornar essas mudanças passa pela adaptação aos riscos, consumindo energia renovável, por exemplo; e por mitigá-los, desenvolvendo Data Centers que quase não consumam água. Também passa, obrigatoriamente, pelo bem-estar e segurança dos colaboradores e demais stakeholders, sendo esse, inclusive, um dos critérios para avaliar o risco da sustentabilidade futura.

Nesse sentido, a única estratégia possível é a holística, já que esses fatores estão intimamente ligados. Assim como o cuidado com as comunidades nas quais estamos inseridos e com a segurança de dados, por exemplo. E é por isso que, na ODATA, temos o ESG como uma área cross, completamente integrada ao negócio. É para trazer essa visão para a prática, garantindo que as ações sejam tomadas sob uma ótica mais abrangente, promovendo a resiliência da companhia.

Por ser uma empresa especializada em serviços de Data Center, a inovação está no nosso DNA. E é a principal ferramenta para triunfarmos nos desafios da era digital, adicionando valor ao negócio dos nossos parceiros, clientes e investidores.


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