Redução de carbono essencial para um futuro mais verde

Redução de carbono: essencial para um futuro mais verde

Leitura de 9 minutos
01/09/22

Já pensou no impacto que suas atividades online, seja na vida pessoal ou no trabalho, estão causando ao meio ambiente? Essa é uma das maiores preocupações quando se fala em sustentabilidade – e, consequentemente, em redução de carbono.

Essa questão passou a ficar ainda mais evidente após a formalização do Acordo de Paris, um tratado internacional juridicamente vinculativo firmado em dezembro de 2015 pelos 196 países participantes, que reconheceram que as mudanças climáticas representam uma ameaça urgente e potencialmente irreversível para as sociedades humanas e para o planeta.

A partir de então, a sociedade global vem discutindo formas de ampliar a cooperação entre os países em uma resposta internacional eficaz e apropriada, para acelerar a redução das emissões globais de gases de efeito estufa, enfatizando-se a urgência no combate às mudanças climáticas,

Assim, considerando-se que as alterações climáticas são uma preocupação de toda a humanidade, é preciso tomar medidas urgentes para combatê-las, respeitando, promovendo e considerando suas respectivas obrigações em matéria de:

  • direitos humanos
  • o direito à saúde
  • os direitos dos povos indígenas, comunidades locais, migrantes, crianças, pessoas com deficiência e pessoas em situação de vulnerabilidade
  • direito ao desenvolvimento
  • igualdade de gênero
  • empoderamento das mulheres
  • e a igualdade intergeracional,

Nesse cenário, identificar estratégias capazes de conciliar o desenvolvimento humano com a mitigação das alterações climáticas requer uma compreensão adequada de como as infraestruturas (em especial as tecnológicas) contribuem tanto para o bem-estar quanto para as emissões de gases com efeito estufa.

Quer saber mais sobre este cenário e sobre o que fazer para reduzir a pegada de carbono da sua empresa? Leia a seguir:

O que é pegada de carbono?

De acordo com a definição da Enciclopédia Britannica, o termo pegada de carbono se refere ao volume de emissões de dióxido de carbono (CO²) associadas a todas as atividades de uma pessoa ou entidade (construção, corporação, país, etc.).

Isso inclui emissões diretas, como as que resultam da combustão de combustível fóssil na fabricação, aquecimento e transporte, bem como o necessário para produzir a eletricidade associada aos bens e serviços consumidos.

Ademais, o conceito também abrange, frequentemente, as emissões de outros gases de efeito estufa, como metano, óxido nitroso ou clorofluorcarbonos (CFCs). Também vale dizer que uma pegada de carbono é geralmente expressa como uma medida de peso, como em toneladas de CO² ou CO² equivalente por ano.

A pegada de carbono está relacionada à ideia mais antiga de pegada ecológica, um conceito inventado no início dos anos 1990 pelo ecologista canadense William Rees e pelo planejador regional suíço Mathis Wackernagel na Universidade de British Columbia.

De acordo com os autores, uma pegada ecológica é a área total de terra necessária para sustentar uma atividade ou população. E, por sua vez, inclui impactos ambientais, como o uso da água e a quantidade de terra usada para a produção de alimentos.

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O que causa o aumento das emissões de carbono?

De acordo com um levantamento da Organização das Nações Unidas, combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás são, de longe, os maiores contribuintes para as mudanças climáticas, respondendo por mais de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa e por quase 90% de todas as emissões de dióxido de carbono em todo o mundo.

E aqui, vale entender melhor os seus efeitos: à medida que as emissões de gases de efeito estufa cobrem a Terra, elas retêm aqui o calor do sol. Isso, consequentemente, leva ao aquecimento global e às mudanças climáticas.

O mundo está, agora, se aquecendo mais rapidamente do que em qualquer ponto da história registrada.

Desse modo, as temperaturas cada vez maiores, ao longo do tempo, estão mudando os padrões climáticos e interrompendo o equilíbrio normal da natureza. E isso representa incontáveis riscos para os seres humanos e todas as demais formas de vida na Terra.


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Por que a redução de carbono é importante?

Como vimos, muitas das nossas ações, sejam no âmbito pessoal ou profissional, acabam por ter algum impacto nas emissões de carbono – em maior ou menor escala. Por esse motivo, todos devemos nos preocupar em reduzir a pegada de carbono.

Esse comportamento é importante porque é o único caminho viável para mitigar os efeitos das mudanças climáticas globais, melhorando a saúde pública, impulsionando a economia global e preservando a biodiversidade.

Assim, não é exagero dizer que quando reduzimos as emissões de carbono, ajudamos a garantir ar, água e alimentos mais limpos para nossa geração e para as gerações futuras.

Ainda com relação aos negócios, a consultoria Grant Thornton realizou, no terceiro trimestre de 2021, uma pesquisa com CFOs que destaca a importância dos princípios ESG, como a redução de carbono, nas decisões corporativas. Os resultados mostraram que mais da metade (57%) de todos os entrevistados consideram o ESG uma prioridade, enquanto 87% afirmaram que é “uma consideração importante, igual ao sucesso financeiro ou um driver de negócio fundamental.

Como reduzir a pegada de carbono da sua empresa?

Tomando novamente o Acordo de Paris como referência, vale destacar que seu principal objetivo é limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius (C), preferencialmente a 1,5°C, em comparação aos níveis pré-industriais. Para isso, a cada 5 anos, os países membros apresentam contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), que delineiam seus planos de ação climática.

Nesse cenário, para evitar consequências catastróficas das mudanças climáticas, todos os setores da economia global, incluindo a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), devem manter suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em conformidade com o Acordo de Paris.

A essa altura, você já deve estar se perguntando como fazer a sua parte diante desse grande compromisso de redução de carbono.

Bem, em um nível pessoal, é possível tomar diversas ações para controlar nossas pegadas de carbono. Como exemplo, estudos provaram que o impacto ambiental da mudança para aparelhos energeticamente eficientes em casa pode ser bastante significativo. Isso porque a geração de eletricidade deixa uma grande pegada de carbono.

Outro exemplo: cerca de 20% de sua conta de energia é atribuível à eletricidade que ilumina sua casa. Assim, ao substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas (lâmpadas CFL), é posssível reduzir seu consumo mensal em cerca de 75%.

Agora, digamos que haja 140 milhões de casas em uma cidade. Se cada casa substituísse sua lâmpada incandescente por uma lâmpada fluorescente compacta, economizaria energia suficiente para abastecer mais de 3 milhões de residências em um ano, reduzindo as emissões anuais ao equivalente a tirar mais de 800 mil carros das ruas.

No âmbito empresarial, uma das medidas que mais vêm sendo adotadas pelas empresas é a migração de seus Data Centers inicialmente concebidos no modelo on-premise para edifícios de Colocation ou até para a nuvem.

Isso porque os provedores especializados nesse tipo de serviço normalmente passam por rígidos processos de certificação, que asseguram que suas instalações são compostas por estruturas eficientes e altamente sustentáveis, como sistemas de arrefecimento inteligentes e geradores de energia próprios.


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ODATA: meta de redução de carbono alinhada ao SBTi

Avançando em sua estratégia de sustentabilidade, a ODATA anunciou recentemente sua adesão ao Science Based Targets Initiative (SBTi), comprometendo-se a estabelecer uma meta de redução de carbono, baseada nos requisitos técnicos do protocolo da entidade. Desse modo, essa meta será alinhada aos pontos mais recentes determinados pela ciência climática para o cumprimento dos compromissos do Acordo de Paris.

Considerando-se que a estratégia climática da empresa é integrada à sua estratégia de negócio, dada a natureza da operação, é fácil afirmar que suas metas estarão relacionadas ao desenvolvimento de ações de incentivo à eficiência energética e ao consumo de energia renovável.

“Focaremos onde se concentra o maior volume de nossas emissões: no escopo 2, ou seja, nas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes do consumo de energia elétrica”, explica Carolina Maestri, diretora de ESG da ODATA.

Adicionalmente, a empresa também vem implementando uma série de projetos de energia renovável, como a aquisição de energia pelo I-REC (International REC Standard), um sistema global que possibilita o comércio de certificados de energia renovável. Além disso, vale mencionar a circularidade de resíduos sólidos e do desenvolvimento de colaboradores e comunidades do entorno de suas operações.

“É importante frisar que, em 2021, trabalhamos no mapeamento das emissões de GEE na cadeia de valor, ou seja, que não ocorrem na ODATA e sim em outras empresas. Mas, por uma demanda nossa, tal ação é conhecida como escopo 3”.

Carolina Maestri
diretora de ESG da ODATA

O SBTi trabalha para que as companhias adotem metas baseadas em ciência para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e frear o aquecimento global. Tais ações estão em sinergia com o comprometimento da ODATA frente a questões relacionadas a ESG.

Acordo Climático iMasons (ICA)

A redução de carbono é, realmente, uma prática prioritária para a ODATA. Por isso, recentemente, a empresa aderiu ao Acordo Climático iMasons (ICA), grupo composto por 130 empresas de infraestrutura digital que, em conjunto, assumem um compromisso com a sustentabilidade, por meio da redução de carbono em materiais, produtos e energia de infraestrutura digital.

A iniciativa global busca reduzir a emissão de carbono para ajudar a acelerar a resposta do setor de tecnologia às mudanças climáticas.

Criado em abril deste ano, o ICA visa reunir empresas responsáveis por desenvolver novas tecnologias para a transformação digital, criando um mundo mais bem conectado para a população mundial.

Vale dizer que o Acordo Climático iMasons já está desenvolvendo ações para reduzir os impactos ambientais de Data Centers. Para isso, está criando um método para medir e relatar a emissão de carbono de tudo que é usado nesses centro de dados, como energia, materiais e outros insumos.

Desse modo, pode-se dizer que adotar esse padrão seria similar a ter um parâmetro como o de Eficácia do Uso de Energia (PUE) e Eficácia do Uso da Água (WUE). Isso porque é essencial que a indústria adote um padrão aberto para declarar o uso de carbono nos materiais e produtos dos centros de dados.

“Ser uma das primeiras empresas brasileiras de infraestrutura de Data Center a se juntar ao iMasons Climate Accord (ICA) foi motivo de orgulho para a ODATA. Estamos focados em firmar um compromisso público com base na ciência, perante todos os nossos parceiros e clientes, para construirmos uma estratégia de ESG sólida e bem fundamentada”, concluiu Carolina.

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