Visão de uma cidade, com diversas luzes representando conexões, edge computing

Entenda como a edge ajuda a superar os desafios da estratégia multicloud

Leitura de 7 minutos
09/03/23

Em que estágio sua empresa se encontra no processo de aceleração digital? Sabemos que cada jornada é única. Mas, para prosperar, todas dependem de uma sólida estratégia baseada nas necessidades do negócio e na adoção da nuvem – apesar de todos os desafios atrelados ao modelo. Neste cenário, a estratégia multicloud integrada à edge desponta entre as soluções mais eficazes para ajudar as organizações a superá-los.

A verdade é que, na última década, o custo de manutenção de Data Centers proprietários aumentou drasticamente, impactando os custos de operações empresariais. E assim, os líderes de TI têm optado por uma abordagem que combina o princípio da computação de borda ao de nuvens múltiplas – ou multicloud – para evoluírem digitalmente e permanecerem competitivas.

Para empresas e provedores de serviços, apostar em uma estratégia multinuvem integrada à abordagem edge significa virtualização segura com baixa latência, alta disponibilidade e monitoramento em tempo real. Para os usuários, representa uma experiência mais rápida e constante.

Além de limitar falhas, o modelo habilita a condução de análises e agregação de big data, o que suporta a tomada de decisões em tempo real.

Quer saber mais sobre como a edge tem ajudado a superar os desafios da implementação da estratégia multicloud? Leia a seguir:

Edge computing e cloud computing: entenda a diferença

De modo geral, computação em nuvem (ou cloud computing, no original em Inglês) é o ato de se executar cargas de trabalho dentro de ambientes virtuais chamados de nuvem.

Por outro lado, a computação de borda (ou edge computing) é o ato de se executar as mesmas cargas de trabalho em dispositivos (ou edifícios) instalados nas proximidades do local físico onde o usuário está situado – ou, ainda, da fonte dos dados. Assim, a edge integra arquiteturas centralizadas e distribuídas.

Desse modo, a nuvem e a edge trabalham lado a lado para possibilitar novas experiências às organizações e seus usuários. Na prática, os dados são gerados ou coletados em vários locais e depois movidos para a nuvem, onde a computação é centralizada, tornando mais fácil e barato processar dados juntos em um só lugar e em escala.

Por sua vez, os Data Centers de edge permitem que as empresas ofereçam suporte eficiente aos seus usuários finais com pouca distância física ou baixa latência.

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Entendendo a estratégia multicloud

Sem dúvida, a computação em nuvem foi um grande salto na forma como as empresas passaram a usar redes distribuídas, servidores e tecnologias complementares. E esse comportamento, por sua vez, permite que avancem em sua transformação digital.

Isso geralmente requer a adoção de uma estratégia híbrida de múltiplas nuvens (do original, em Inglês, hybrid multi-cloud strategy – HMC). Isso significa uma combinação de implantações de nuvem privada e pública, de modo que as estruturas sejam interconectadas e capazes de oferecer o melhor em termos de serviços, segurança e confiabilidade.

Desse modo, um ambiente multicloud protege a companhia contra tempo de inatividade, perda de dados e despesas desnecessárias, permitindo que as organizações selecionem e combinem serviços de nuvem que melhor atendam às suas cargas de trabalho.

Por esse motivo, estão cada vez mais recorrendo a modelos diversificados, como a estratégia multicloud integrada à edge para tirar proveito das melhores soluções e obter uma vantagem técnica para o negócio, o que ajuda na redundância e, por sua vez, a mitigar riscos e a acessar as soluções certas.


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Como a estratégia multicloud integrada à edge suporta a aceleração da transformação digital

Não é exagero afirmar que uma constante em todos os casos é que a aceleração digital eficaz apresenta uma série de entraves de ordem tecnológica. Dentre eles, pode-se observar algumas questões cruciais que consistentemente estão no topo da lista, como: custo, desempenho, especialização de mão de obra e segurança.

Isso porque algumas das funcionalidades da cloud não têm sido suficientes para resolver situações mais adversas – em especial, no ponto onde o tempo de resposta, a latência e a disponibilidade de recursos afetam a experiência do usuário. Por esse motivo, uma estratégia multicloud integrada à edge tem sido considerada a melhor alternativa para se resolver os problemas e limitações da nuvem.

De fato, a computação de borda aproxima os recursos de processamento do usuário final.

O mercado global de edge computing foi avaliado em US$ 22,85 bilhões em 2021, antes de atingir um valor de US$ 30,6 bilhões no início de 2023. De acordo com uma estimativa da Research and Markets, o mercado está projetado para atingir um valor de US$ 190,1 bilhões até 2028, crescendo a uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 36,8% .

Verdadeiramente, é um segmento altamente dinâmico, alimentado por uma gama crescente de casos de uso com requisitos de serviço importantes, como desempenho de baixa latência, demandas de largura de banda reduzidas e segurança e soberania de dados.

A demanda por novas aplicações indica que chegou a hora da borda. Hoje, os consumidores querem baixa latência para experiências em tempo real, ao mesmo tempo em que as empresas exigem processamento local para operações seguras e resilientes.

De acordo com o relatório Predictions 2020: Edge Computing, divulgado pela consultoria Forrester, a computação de borda ampliará a nuvem e o local para permitir novas experiências ao cliente.

Embora a estratégia multicloud integrada à edge ainda não seja muito comum por aqui, muitas indústrias já estão experimentando e refletindo sobre como podem ser integradas em sua arquitetura tecnológica.

“Organizações que implantaram casos de uso de borda na produção crescerão de cerca de 5% em 2019 para cerca de 40% em 2024”, previu o Gartner no relatório: Forecast Analysis: CDN and Edge Services, Worldwide, divulgado em junho de 2020. Isso quer dizer que a edge computing tem um enorme potencial de crescimento e perspectiva de penetração significativa em alguns anos, “à medida que esses projetos demonstrem valor e sejam implementados na produção”.


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Por que a estratégia multicloud integrada à edge oferece melhor desempenho?

Apesar de todos os benefícios que as empresas esperam obter da migração de suas aplicações para a cloud, nenhum deles significará muito se o desempenho de suas aplicações e cargas de trabalho for impactado.

E esse desempenho pode ser afetado em muitos pontos da infraestrutura de nuvem, desde a rede até o Provedor de Serviços em Nuvem (CSP), sem falar na integração de soluções XaaS de terceiros.

Na prática, essa questão pode ser endereçada com a adoção da estratégia multicloud integrada à edge porque a computação de borda permite a interação em tempo real com os usuários. Isso porque os dados são processados mais perto de onde são gerados, habilitando a interação em tempo real, enquanto a computação em nuvem só às vezes oferece esse nível de interação.

A computação de borda facilita o processamento de aplicações sensíveis a atrasos e que consomem muita largura de banda perto da fonte de dados, realizando seu pré-processamento. Por outro lado, a nuvem fornece computação escalável e recursos de armazenamento. Assim, a combinação certa de aplicações baseadas em nuvem e na borda é a chave para que se alcance o desempenho máximo.


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Data centers de borda: melhor desempenho na rede

No nível da rede, estratégia multicloud integrada à edge pode oferecer diversas soluções de conectividade capazes de acelerar e simplificar o acesso à nuvem. Entre elas, vale destacar:

  • O Direct Cloud Access oferece o benefício de uma conexão direta na rampa de um Data Center de borda para um único CSP, o que é mais rápido e mais seguro do que usar a Internet pública;
  • O SDN Cloud Access on-ramps usa rede definida por software para fornecer acesso rápido e seguro a diversos CSPs. Assim, permite que a empresa utilize uma solução de rede para ajudar a implementar uma estratégia multicloud, usando o CSP certo para cargas de trabalho específicas;
  • As soluções XaaS na borda também podem ajudar no desempenho da nuvem, trazendo as principais aplicações para os Data Centers de borda. Neles, os volumes, a variedade e a velocidade dos dados podem ser tratados antes mesmo de atravessar a rede para chegar às zonas de disponibilidade e serviços de nuvem apropriados.

A proximidade é um benefício importante para a arquitetura de Data Center de borda, o que, por sua vez, aproxima a nuvem das organizações e, elas, de seus clientes.

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