Corredor de racks em um data center, com o globo terrestre em luzes

Seu Data Center está preparado para a segunda onda da Covid-19?

Leitura de 9 minutos
27/01/21

Parece um contrassenso falar em segunda onda da Covid-19 enquanto a primeira ainda nem foi resolvida, não é mesmo? Mas se considerarmos que o Data Center é o coração que pulsa e vem mantendo as operações empresariais em pleno funcionamento durante a crise, a prevenção se faz ainda mais necessária.

No final de 2019, um vírus desconhecido partiu de Wuhan, na China, e se espalhou pelo mundo, deflagrando uma pandemia global de proporções jamais vistas. A reboque, a crise súbita e imprevista revelou o que já vinha se tornando óbvio: a tecnologia se infiltrou em quase todos os aspectos das nossas vidas

Instantaneamente, profissionais se viram trabalhando em casa, precisando permanecer tão produtivos quanto antes. Consumidores tiveram que se habituar a comprar de tudo pela internet. Alunos e professores se adaptaram ao ensino remoto, enquanto os pacientes, que não podiam mais visitar seus médicos pessoalmente, passaram a contar com a telemedicina.

E, em decorrência de toda essa mudança comportamental, testemunhamos a geração exponencial de dados, que precisam trafegar por redes cada vez mais rápidas e estáveis.

E, assim, necessariamente serem processados ​​e armazenados em Data Centers preparados para esse novo cenário digital

Agora, estamos lidando com uma segunda onda da Covid-19, que vem atingindo fortemente o hemisfério norte desde o final de 2020. Isso significa mais educação a distância, mais home office e, consequentemente, um aumento na demanda por serviços de Internet e por soluções remotas. 

Seu Data Center está preparado para isso?

Acompanhe conosco e saiba o que priorizar para se organizar para esse momento.

Empresas não acreditavam em uma segunda onda da Covid-19

Uma pesquisa do Gartner, Inc. realizada com CFOs e líderes financeiros, em abril de 2020, revelou que 42% deles não contavam com uma segunda onda da Covid-19 em seus planejamentos orçamentários. Assim, apurou que apenas 8% dos executivos incluíram uma possível segunda onda em seus planos e que somente 22% deles a consideravam um cenário “mais provável”. 

A falta de planejamento para esta situação se mostrou evidente mesmo enquanto os executivos expressavam uma abordagem cautelosa sobre quando reabririam totalmente suas operações. E, consequentemente, levando os funcionários de volta às suas rotinas normais.

Contudo, à época, apenas 4% dos entrevistados afirmaram que suas organizações exigiriam o retorno imediato dos profissionais ao escritório, mesmo depois de receber aprovação das autoridades para reabrir suas instalações físicas.

Tal resultado, que se confirmou ao longo do ano e se mantém firme em 2021, reafirma que a tendência do trabalho remoto (ou work from anywhere) chegou para ficar. 

Recentemente, o próprio Gartner divulgou que 90% das empresas permitirão que os funcionários continuem a trabalhar remotamente, mesmo depois que a vacina COVID-19 estiver disponível em massa.

E esse movimento, em paralelo à ampliação do e-learning e do consumo de vídeos por streaming, entre outras atividades icônicas da quarentena, faz com que os Data Centers tenham que suportar grandes aumentos no fluxo de dados.

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Cenário: entendendo a datasfera global

Antes de nos aprofundados nas prioridades para a manutenção do seu Data Center mediante à segunda onda da Covid-19, vale a pena entendermos o que exatamente nos leva a esse ponto.

Em maio de 2020, a International Data Corporation (IDC) previu que, até o final do ano, mais de 59 zetabytes (ZB) de dados seriam gerados, capturados, copiados e consumidos no mundo

E, então, ressaltou que a pandemia da Covid-19 contribuiria intensamente para esse volume, com o abrupto aumento do trabalho remoto.

Como consequência, alertou que esse padrão alteraria a combinação de dados que já vinham sendo gerados para um conjunto mais rico, impulsionado pelas videoconferências e por um aumento tangível no consumo de vídeos (seja por download ou por streaming).

Desse modo, estimou que esse crescimento se manterá até 2024, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 26% em cinco anos.

Vivemos em um mundo cada vez mais habilitado e visto por vídeo. Consumimos uma quantidade cada vez maior de vídeos de entretenimento a cada ano. Esses são os principais fatores a impulsionar o crescimento da datasfera globa

John Rydning,
vice-presidente de pesquisas da IDC 

E, adicionalmente, o vice-presidente da pesquisa Worldwide Global DataSphere Forecast, 2020–2024: The COVID-19 Data Bump and the Future of Data Growth, da IDC, ressaltou: “ao mesmo tempo, estamos fazendo um uso cada vez mais produtivo dos dados de vídeo que capturamos, o que está contribuindo para o crescimento dos dados de produtividade na datasfera“.

Com isso, o estudo nos leva a algumas conclusões interessantes:

  • A quantidade de dados criados nos próximos três anos será maior do que o volume gerado nos últimos 30 anos. Assim, o mundo produzirá, nos próximos cinco anos, mais do que o triplo dos dados originados nos cinco anos anteriores;
  • Em 2024, os dados de entretenimento representarão 40% da datasfera global, ao passo que os dados de produtividade/ incorporados serão 29%, paralisados ​​pela dinâmica da Covid-19;
  • Sensores estão sendo embarcados em tudo e todo tipo de coisa, gerando dados que podem ajudar a contextualizar as informações. Tais dados, juntamente com os crescentes de metadados (dados sobre dados), estão se ampliando agressivamente. Desse modo – e em breve -, ultrapassarão todos os outros tipos de dados.
  • A participação de dados do consumidor na datasfera global ficará em torno de 50% e diminuirá cerca de 4% nos próximos cinco anos, lentamente cedendo participação à datasfera empresarial;
  • Dados de vigilância por vídeo e de iniciativas regulatórias/ de privacidade continuarão a se cruzar. Por isso, encontrar o equilíbrio correto entre segurança, personalização, eficiência e direitos individuais à privacidade será uma das grandes tensões desta década.

Modernização do Data Center é imperativo para suportar a segunda onda da Covid-19

Se o mundo virtual ainda requer uma infraestrutura física para operar, os Data Centers, definitivamente, estão no ponto ‘onde o pneu toca a estrada’.

Por esse motivo, também é aqui o ponto no qual a sua TI se torna mais vulnerável, alçando a segurança e a modernização constantes à posição de iniciativas cruciais. 

Nesse sentido, destacamos algumas entre as mais importantes iniciativas a serem priorizadas, para que seu Data Center possa suportar a elevação do tráfego de dados – em especial neste momento de pandemia.

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3 dicas para preparar seu Data Center para a segunda onda da Covid-19:

#1. Atualize seu plano de continuidade de negócios

Um Plano de Continuidade de Negócios (PCN) garante que sua empresa possa continuar a operar com interrupções mínimas, mesmo diante de situações de crise como o coronavírus. 

  • Se a sua empresa ainda não tem um Plano de Continuidade de Negócios estruturado, recomendamos fortemente que você o desenvolva o mais rápido possível – veja aqui mais detalhes sobre como fazê-lo
  • Caso já o tenha desenvolvido, reserve um tempo para revisar seu PCN atual;
  • Dica de ouro: considere as lições a serem aprendidas com a sua resposta à primeira onda da Covid-19;
  • Converse com funcionários, parceiros e fornecedores para descobrir o que funcionou e o que precisa ser melhorado;
  • Cheque o Plano de Continuidade de Negócios de seu provedor de serviços de Data Center, para ter certeza de que sua empresa estará coberta diante de qualquer emergência;
  • Trate seu PCN como uma ‘estrutura viva’, que deve ser atualizada com frequência, mediante aos aprendizados reunidos pela organização ao longo de sua história;

LEIA MAIS: Coronavírus: continuidade do negócio em tempos de crise


#2. Repense sua estratégia de digitalização

Se havia dúvidas sobre a importância da transformação digital para a longevidade dos negócios, o coronavírus as silenciou.

Hoje, dependemos ainda mais dos serviços online para mantermos os níveis de produtividade e o negócio em funcionamento, ao mesmo tempo em que protegemos a força de trabalho. E, assim, minimizando a ameaça do vírus. 

Sem dúvida, assegurar a continuidade dos negócios é uma das maiores prioridades de todas as empresas. E, para isso, é essencial repensar sua estratégia de digitalização, visando-se a implementação de medidas capazes de estabelecer a sustentabilidade para os desafios futuros.

Diante desse cenário, a modernização do Data Center com a migração para uma estrutura remota e contratada como serviço, tal qual o Colocation oferecido pela ODATA, é uma das medidas mais eficientes a serem priorizadas em seu Plano de TI.


LEIA MAIS: Entenda por que o Colocation vem crescendo durante a crise da COVID-19


#3. Garanta acesso remoto aos seus servidores

A maioria das empresas está, desesperadamente, tentando entender como usar a tecnologia para enfrentar as disrupções cada vez mais severas causadas pela pandemia. Desse modo, a crise reforçou a importância dos Data Centers e o papel estratégico que desempenham no negócio. 

Ao contrário de uma sala de servidores, os Data Centers lidam com avaliação e gerenciamento de risco diariamente. E, assim, desempenham função crucial, como o ponto central de acesso para dados e aplicações essenciais.

Por esse motivo, mover dados de missão crítica, recursos de TI ou sistemas de backup de uma empresa para um Data Center de Colocation é, certamente, uma opção atraente a qualquer organização preocupada com a continuidade dos negócios.

E, em especial, em situações nas quais não se consiga acessar o servidor pessoalmente, como em uma pandemia.

Quando você precisa de agilidade e segurança, a prestação de serviços de suporte remoto ou local ao seu Data Center não são apenas convenientes, mas essenciais. Saiba mais sobre eles:

  • ‘Smart Hands’: consiste de uma assistência técnica especializada e realizada por técnicos de suporte, contratados pelo provedor de Colocation. Os profissionais respondem a emergências 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano – garantindo que suas necessidades sejam atendidas com apenas um telefonema ou a um clique de distância. Com isso, elimina-se a necessidade de se estar no local, ajudando a manter os seus funcionários seguros;
  • ‘Remote Hands’: nessa modalidade, funções como configurações de rede, verificação de portas, observação de indicadores no equipamento, observação básica do ambiente e reinicializações do servidor,  podem ser realizadas virtualmente, sem que os técnicos precisem entrar fisicamente no ambiente que hospeda os equipamentos. 

LEIA MAIS: Remote Hands & Smart Hands: como o atendimento remoto pode ajudar sua empresa em situações de crise


Conclusão: prepare-se para o ‘novo normal

As mudanças que a sua equipe implementou nesse período desafiador certamente farão parte de um rico legado, que impulsionará o crescimento do negócio no pós-crise. 

Assim, se a segunda onda da Covid-19 não é inevitável, preparar sua equipe de TI – e, principalmente – modernizar o seu Data Center – certamente o ajudarão a enfrentar melhor a tempestade.

Para saber mais sobre como proteger sua infraestrutura tecnológica e aprimorá-la para a evolução, entre em contato conosco:

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