Hospedagem em cloud ou colocation? Entenda
Leitura de 9 minutosA computação cognitiva já permite que máquinas simulem o pensamento humano em um modelo computadorizado. Com a mineração de dados, elas aprendem novos padrões analisando o gigantesco volume de informações transacionadas diariamente.
Assim, a internet das Coisas (IoT) conecta dispositivos utilizados no dia a dia à Internet e permite a comunicação constante entre pessoas e máquinas. Da mesma forma, o blockchain permite o envio de moedas virtuais, como o Bitcoin, com registros e rastreamento muito seguros dessas operações.
Existe pelo menos uma coisa em comum entre essas inovações: os dados.
A geração de dados dobra a cada dois anos e, até 2020, a previsão era de que seriam gerados 44 zettabytes (ou 35 trilhões de gigabytes) em todo o mundo.
Como você já deve ter percebido, esse movimento vem mudando a forma de fazer negócios.
Para acompanhar, as empresas buscam as melhores formas de armazenar os seus dados.
Neste artigo, mostramos como os Data Centers se destacam como as soluções mais adequadas a este fim, explicando, em especial, as diferenças entre a hospedagem em cloud ou colocation.
Acompanhe a seguir.
Tipos de data center: in-house, colocation, cloud, edge ou híbrido?
O primeiro Data Center foi construído em 1964 pela IBM e ocupava uma grande sala, realizando aproximadamente 2 milhões de operações por segundo.
Hoje, a estrutura evoluiu bastante. Conta com alguns modelos distintos, capazes de armazenar e processar um número muitíssimo maior de informações, em velocidade incomparável à da época.
Para direcionar bem os seus investimentos e decidir, entre a hospedagem em cloud ou colocation, qual seria o modelo ideal para suportar a operação e o crescimento da sua empresa, é importante que você conheça as opções existentes no mercado.
Por isso, é importante conhecer suas especificações, vantagens e o funcionamento de cada modelo.
Também é necessário identificar as necessidades da organização, para avaliar qual infraestrutura é capaz de atender melhor às demandas.
Veja abaixo alguns dos principais tipos de Data Center, que merecem a sua atenção:
IN-HOUSE
Características
Esse é o modelo mais tradicional e ainda utilizado por muitas empresas. Ele consiste na criação de um ambiente dentro da própria organização para instalar os racks e demais equipamentos necessários para o funcionamento do data center.
Algumas das empresas acreditam que essa é a melhor maneira de manter o controle total sobre seus dados, infraestrutura, segurança, disponibilidade, redundância e atualizações, entre outros requisitos.
Bancos e empresas financeiras mais tradicionais costumam fazer essa opção por uma questão de compliance, enquanto fintechs e bancos que estão alinhados com as novas tecnologias já estão indo para a nuvem.
Pontos a serem avaliados
Esse modelo tem alto custo e exige equipe dedicada, com capacitações bem específicas para garantir excelência no funcionamento da estrutura. Este é um tipo de ambiente que demanda investimentos e políticas de segurança muito criteriosos. O objetivo é evitar o acesso de pessoas indevidas e riscos de problemas como quedas de energia, problemas de conectividade e até fatos ainda mais graves, como incêndios.
CLOUD
Características
Uma empresa que trafega um alto volume de dados e não tem espaço físico para manter um data center in house pode optar pela hospedagem em cloud. Essa infraestrutura traz flexibilidade e escalabilidade, pois é possível contratar espaço de armazenamento conforme a sua demanda.
Nesse caso, a contratada faz o gerenciamento de infraestrutura e tem o papel de realizar a manutenção de toda a infraestrutura. Tudo precisa estar conectado para garantir a alta performance.
A segurança também deve ser robusta para assegurar a privacidade de dados e evitar o acesso de hackers às informações. Uma vantagem da hospedagem em cloud é a capacidade de customização da infraestrutura. Além disso, muitas organizações que disponibilizam o serviço não exigem compromissos de longo prazo.
Pontos a serem avaliados
Esse modelo é indicado apenas para as empresas que entendem ser vantajoso repassar a responsabilidade de manutenção de toda a infraestrutura envolvida para uma terceirizada, sem ter acesso algum a ela. Os profissionais internos de TI poderão solicitar informações ou ajustes, mas quem realiza o serviço é a contratada.
COLOCATION
Características
Esse é um modelo de data center em que uma empresa cria toda uma infraestrutura de serviço com refrigeração na temperatura ideal, segurança contra incêndio e múltiplos portões para controlar o acesso ao prédio, vigilância 24 horas por dia e uso de leitor digital para permitir a entrada somente de pessoas autorizadas. Ela também disponibiliza a conexão com a internet a fim de facilitar o tráfego de dados.
Assim, a companhia pode alugar o espaço para instalar os racks e utilizar a estrutura disponível. A manutenção dos equipamentos é feita pela equipe de TI da sua empresa ou terceiros, enquanto a contratada é responsável pela estrutura de data center.
O colocation é uma boa opção para as organizações que preferem manter controle sobre os equipamentos, mas precisam de mais espaço para ampliar a estrutura. Além disso, os profissionais da empresa só precisam se preocupar com a manutenção das máquinas e dos softwares da empresa, pois as questões de segurança, conectividade e climatização, por exemplo, ficam por conta da contratada.
Pontos a serem avaliados
Na migração para o modelo colocation, é preciso identificar o momento certo para moving dos equipamentos. Isso porque, para que os servidores da sua empresa sejam instalados no ambiente do data center colocation, será necessária uma parada técnica dos serviços. Então é preciso escolher o momento desta mudança com cautela. O custo de migração também precisa ser considerado no orçamento, além dos custos com a contratação dos serviços de colocation propriamente ditos.
HOSTING
No gerenciamento de hosting, sua empresa contrata um provedor de serviços que aluga servidores dedicados e hardware associado à empresa e gerencia esses sistemas para você. É como um aluguel de equipamentos, sistemas operacionais e software em geral, com o time de especialistas do fornecedor assumindo as responsabilidades de suporte, monitoramento e gerenciamento dos servidores.
Os serviços de gerenciamento são fundamentais neste modelo e diferenciam a hospedagem gerenciada de outros serviços de hospedagem dedicados. O fornecedor é responsável pela configuração de hardware e software, suporte técnico, gerenciamento de atualizações e manutenção do sistema. E também pode oferecer serviços personalizados para atender aos requisitos de negócios específicos de um cliente, entre eles:
- Backups e recuperação de desastres;
- Balanceamento de carga;
- Serviços de segurança, como varreduras de vulnerabilidades, detecção de intrusões;
- Medidas de segurança de acesso físico ao data center;
- Suporte de aplicativos;
- Suporte para resolver problemas técnicos.
Algumas empresas de hosting gerenciado fizeram parceria com a Amazon Web Services, o Microsoft Azure e outros provedores de nuvem para expandir seus portfólios de ofertas de serviços de gerenciamento.
Pontos a serem avaliados
Você pode ter achado este modelo bastante similar ao colocation. No entanto, o modelo colocation tradicionalmente fornece apenas o espaço do data center e as necessidades operacionais associadas, como refrigeração, energia, largura de banda e segurança física. E sua empresa tem o controle sobre o hardware e o software que utiliza. Portanto, sua empresa deve contar com equipe própria de TI para realizar essas atividades.
HÍBRIDO
Segundo o Gartner, até 2020, serão vendidos mais serviços para provedores em nuvem que data centers corporativos. Esse número é decorrente da expansão de dispositivos de IoT (Internet das Coisas) e do uso de ferramentas de Big Data e Analytics. Elas precisam de grande infraestrutura de TI para suportar a enorme quantidade de dados trafegados na internet e processados nos servidores.
Neste cenário surge o chamado data center híbrido. Por questões técnicas de proximidade das operações de missão crítica, uma empresa pode optar por um data center corporativo ou in house como citamos acima. E lançar mão de um modelo em nuvem para sua operação de e-commerce, por exemplo.
Essa mesma empresa pode ainda optar por um data center de colocation para ter uma opção de contingência – e assim ter um plano B sempre a postos. Ou seja, um modelo híbrido pode fazer uso, ao mesmo tempo, de dois ou mais modelos conhecidos.
LEIA MAIS: Colocation ou Multicloud? O futuro do seu Data Center é híbrido
#Bônus: Edge Computing
Apesar de não ser um modelo, mas sim uma topologia de rede, a edge computing é considerada uma tecnologia “de borda” e está sendo muito comentada atualmente. Ela tem o intuito de facilitar o armazenamento e compartilhamento de informações, uma vez que a cada dia são utilizados mais equipamentos conectados à internet.
Na prática, a edge computing corresponde ao recebimento de dados em um equipamento interligado às redes. Ele fica em um hosting mais próximo da empresa para dar mais agilidade à conexão e acesso às informações mais importantes.
Esses dados passam por uma análise prévia e depois são enviados para a hospedagem na nuvem.
Esse tipo de data center é recomendado para as corporações que utilizam aplicações de internet das coisas e demandam rápido acesso aos dados. Ele também pode ser utilizado por quem precisa de baixa latência, como é o caso de empresas como a Netflix e o YouTube.
Contudo, vale lembrar que ele segue o modelo da cloud e o fornecedor faz o gerenciamento da edge computing.
SAIBA MAIS: Por que o Colocation é fundamental para o futuro da nuvem híbrida
Qual solução escolher para o seu negócio?
Mas afinal, o que seria melhor para a sua TI: a hospedagem em cloud ou colocation? Não existe uma resposta certa para essa pergunta, pois a decisão precisa ser baseada na necessidade da empresa.
Portanto, o ideal é avaliar as vantagens e desvantagens de cada modelo para identificar qual se encaixa melhor no perfil da corporação.
Alguns fatores, contudo, são essenciais em qualquer tipo de data center. São eles:
- Capacidade de ampliação da infraestrutura;
- Climatização constante e adequada;
- Segurança robusta;
- Capacidade de manter a energia 24 horas por dia (com opções de nobreaks para suprir as eventuais falhas no abastecimento);
- Sistemas de prevenção e combate a incêndios.
E claro, antes de fechar qualquer contrato é fundamental avaliar o fornecedor do serviço para saber se ele tem credibilidade e experiência no mercado.
Pronto! Agora você já conhece os tipos de data center disponíveis e pode avaliar qual é a melhor infraestrutura para o seu negócio.
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