Entenda porque os Data Centers precisam da energia renovável

Leitura de 9 minutos
03/03/23

Cada vez mais pessoas e mais equipamentos inteligentes estão acessando a Internet diariamente, o que faz com que o volume no tráfego de dados cresça mais rapidamente do que nunca. Consequentemente, o consumo de energia aumenta progressivamente. E, diante desse cenário, os operadores de Data Centers estão sendo cada vez mais pressionados a fazer a transição para o uso de energia renovável em 100% do tempo.

Essa migração é uma meta importante, mas não facilmente alcançada. Embora na última década tenhamos visto melhorias significativas na eficiência energética no setor de TI, ainda há muito a ser feito.

Fato é que a sustentabilidade se tornou uma questão fundamental para as empresas. Investidores, clientes e legisladores estão cada vez mais exigindo relatórios de emissões de carbono e 100% de uso de energia renovável.

A verdade é que as organizações correm o risco de acusações de greenwashing se os seus certificados de energia renovável forem o principal (ou o único) componente de suas estratégias de ESG. Por isso, já estamos começando a ver como contratos de compra, como a recém anunciada parceria da ODATA em um parque eólico da Omega Energia, estão sendo utilizados para obter energia renovável para suas operações.

Veja mais a seguir:

O que é energia renovável?

Da acordo com a definição da Organização das Nações Unidas, energia renovável é a que deriva de fontes naturais que, por sua vez, são reabastecidas a uma taxa maior do que são consumidas. A luz solar e o vento são bons exemplos. Assim, entende-se que as fontes de energia renováveis são abundantes e estão ao nosso redor.

A energia renovável pode ser usada para geração de eletricidade, aquecimento e resfriamento de ambientes, água e transporte.

Por outro lado, combustíveis fósseis – como carvão, petróleo e gás – são recursos não renováveis, que levam centenas de milhões de anos para se formar. E esses elementos, quando queimados para produzir energia, causam emissões prejudiciais de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono.

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Benefícios da energia renovável

As vantagens da energia renovável são inúmeras e favorecem a economia, o meio ambiente, a segurança nacional e a saúde humana. Esse modelo é, agora, mais barato na maioria dos países e gera três vezes mais empregos do que os combustíveis fósseis.

De fato, a energia renovável gera emissões muito mais baixas do que a queima de combustíveis fósseis. Por esse motivo, a transição de combustíveis fósseis (que atualmente representam a maior parte das emissões de CO² na atmosfera) para as fontes de energia renovável é fundamental para o enfrentamento da crise climática.

Além desses benefícios do uso de energia renovável também podemos destacar:

  • Maior confiabilidade, segurança e resiliência da rede elétrica do país
  • Criação de empregos em todas as indústrias de energia renovável
  • Redução das emissões de carbono e poluição do ar na produção de energia
  • Maior independência energética
  • Maior acessibilidade, já que muitos tipos de energia renovável são competitivos em custo, em relação às fontes de energia tradicionais
  • Acesso expandido à energia limpa para comunidades não conectadas à rede ou remotas, costeiras ou insulares.

Tipos de energia renovável

Fontes de energia renovável, como biomassa, recursos geotérmicos, luz solar, água e vento, são recursos naturais que podem ser convertidos nesses tipos de energia limpa e reutilizável. Entre eles, podemos destacar:

  • Bioenergia
  • Energia eólica
  • Energia geotérmica
  • Energia Marinha
  • Energia solar
  • Hidrelétrica
  • Hidrogênio

Apesar da energia solar ser a mais farta de todos os recursos energéticos e poder ser aproveitada até mesmo em dias nublados, a abundância de vento torna a energia eólica uma das fontes alternativas de energia mais promissoras. Como exemplo, o Conselho Global de Energia Eólica estimou que esse modelo poderia satisfazer 20% da demanda global de eletricidade até 2030.


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O cenário da energia renovável no Brasil

De acordo com uma apuração da Mordor Intelligence, o mercado brasileiro de energia renovável deve registrar uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de mais de 3,8% entre 2022 e 2027.

Fatores como o aumento de investimentos e desenvolvimentos no setor de energia eólica, assim como políticas governamentais de apoio devem impulsionar o mercado durante o período de previsão. Espera-se, portanto, que o segmento de energia eólica testemunhe um crescimento significativo durante o período, devido ao foco em projetos de energia eólica offshore e onshore.

De acordo com a consultoria, o Brasil tem como meta exceder sua capacidade instalada de energia renovável para 60 GW até 2030. Espera-se, portanto, que tal crescimento forneça amplas oportunidades nos próximos anos, impulsionando o mercado brasileiro de energia renovável durante o período de previsão.

Na prática, o País já é um dos mais avançados da América Latina no que diz respeito ao desenvolvimento do setor de energia renovável. Como exemplo, reúne excelentes níveis de radiação solar, pois está em uma faixa de latitude na qual a incidência de radiação é muito maior em comparação com o resto do mundo.

De acordo com a IRENA, a capacidade instalada total de energia renovável era de 150 GW em 2020 e houve um crescimento ano a ano de 4,2% em relação ao ano anterior (2019). Nessa toada, espera-se que o aumento da capacidade de instalação impulsione o mercado brasileiro de energia renovável.

Em 2022, o Brasil possuía 181.532,7 MW de potência autorizada, dos quais 82,96% eram provenientes de fontes renováveis. Os parques eólicos representavam 11,41% da capacidade instalada total do País, enquanto a energia solar representava 2,53%. Grandes hidrelétricas (UHE), pequenas hidrelétricas (PCHs) e mini-hídricas (CGH) representavam 56,20%, 3,03% e 0,46% da capacidade total instalada, respectivamente, segundo a agência reguladora ANEEL e o Diário Oficial da União.

Além disso, apesar do cenário econômico e político desfavorável do Brasil nos últimos anos, o mercado de energia renovável continua crescendo e atraindo players internacionais. Hoje, o governo brasileiro está regulamentando diversas políticas para atrair investimentos nacionais e estrangeiros em projetos renováveis para o País.


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O consumo de energia nos Data Centers

O mercado de Data Centers está crescendo rapidamente – especialistas preveem que o setor avançará pelo menos 18% até 2025. Mas a ascensão não é o único desafio que as empresas deste segmento enfrentam hoje.

Ao mesmo tempo em que tecnologias novas e em desenvolvimento, como a inteligência artificial e o 5G, impulsionam a demanda por energia, os clientes exigem que o setor opere de maneira mais sustentável, reduzindo seu consumo e fazendo a transição para fontes de energia mais sustentáveis.

Para isso, a indústria precisa de um caminho sensato para a criação de Data Centers sustentáveis, ao mesmo tempo em que não comprometam sua capacidade de fornecer serviços de alta qualidade para os clientes.

Apesar de serem um dos tipos de edifícios com maior consumo de energia, o setor de já caminha a passos largos para implementar e promover práticas mais sustentáveis, principalmente por meio da implementação de tecnologias de ponta e do uso de fontes de energia limpas e renováveis.

Sem dúvidas, uma das maneiras mais eficientes de se reduzir o impacto ambiental dos Data Centers é a substituição de fontes de energia tradicionais por outras opções de energia renovável.

Além disso, esse modelo ainda oferece uma alternativa aos preços frequentemente flutuantes de combustíveis mais convencionais.


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ODATA: Data Centers abastecidos com energia renovável

Em parceria com a Omega Energia, companhia referência em investimentos em energia renovável nas Américas, a ODATA acaba de anunciar a aquisição de uma participação minoritária no parque eólico Assuruá IV (212 MW), situado em Xique-Xique, na Bahia.

Com isso, a ODATA se torna a primeira provedora de Data Center de hiperescala na América Latina a ter 100% do consumo de energia de seus edifícios proveniente de participação direta em fonte renovável. Isso reforça sua missão de proporcionar a melhoria da infraestrutura digital da região com os mais elevados padrões de sustentabilidade.

O fechamento da transação está sujeito a determinadas condições precedentes usuais, incluindo, dentre outras, a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE.

Com essa iniciativa, a empresa deixa de emitir aproximadamente 125 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera até 2035.

“Nosso compromisso com ESG é de longa data e, agora, estamos promovendo mais um grande avanço ao firmarmos esse acordo de consumo de energia renovável, através da parceria em um parque eólico da Omega Energia”, explica Ricardo Alário, cofundador e presidente da ODATA.

Considerando nosso forte crescimento e alta demanda de energia, é importante nos associarmos a grandes parceiros com conhecimento específico para oferecer soluções sustentáveis para nossos clientes.

“Estamos entusiasmados com essa parceria com a ODATA. Ao encontrar parceiros que compartilham do mesmo propósito que a Omega, apostamos na perenidade das relações de negócios. Buscamos sempre desenvolver soluções customizadas, inovadoras e tecnológicas para a construção de uma sociedade que esteja em convergência com os critérios de sustentabilidade” destaca Fabiana Polido, diretora comercial da Omega Energia.

“Além de todo o histórico da Omega em frentes que focam em energia limpa e competitividade, é bem inspirador trabalhar em projetos com times que celebram conquistas como essa”, complementa Mariana Fulan, gerente comercial da companhia.

“Uma estratégia focada em eficiência energética e energia renovável são diferenciais em nosso setor e essenciais para a nossa sociedade. Com o aumento da digitalização e das mudanças climáticas, é fundamental dispor de fontes de energia de zero carbono, e a energia eólica se torna uma das melhores opções para atingirmos nossas metas ESG, contribuindo para o combate às mudanças climáticas e para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, explica Carolina Maestri, Diretora de ESG da ODATA.

A ODATA está presente em quatro países na América Latina (Brasil, Colômbia, México e Chile) e seus sites dispõem de aproximadamente 460 MW de capacidade de TI. Data centers são grandes consumidores de energia e, com essa iniciativa, a companhia garante que 100% do seu consumo no Brasil seja proveniente de energia limpa.


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