Open Finance

Open Finance: como está acelerando a demanda por Data Centers em todo o mundo

Leitura de 7 minutos
09/11/22

O setor financeiro global está passando por mais uma grande mudança: a evolução do Open Banking para o Open Finance – sistema que permite acesso aberto e controle de dados bancários de consumidores por meio de aplicações de terceiros. E assim, ao trazer os benefícios para uma gama mais ampla de produtos e serviços, o Sistema Financeiro Aberto dá aos usuários (pessoas físicas e jurídicas) maior controle e visibilidade de suas vidas econômicas.

De fato, a pavimentação desse futuro já está em andamento em importantes localidades, como na União Europeia (UE), no Reino Unido e outras nações. Como exemplo, ao reconhecer que a pegada financeira de uma pessoa ou empresa não se limita à sua conta corrente ou aos seus boletos, a UE está estudando como expandir os princípios do Open Banking a outras áreas e prevê novidades para 2023.

No Brasil, o setor financeiro vem acelerando a passada para a maior disrupção de sua história: a expansão do Open Banking para o Open Finance. Esse ecossistema é organizado e regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil e está disponível, inicialmente, desde o final de 2021.

Como consequência, essa transformação também já vem impactando o setor de Data Centers. Com o aumento de demanda por transações financeiras e por infraestrutura de armazenagem da dados para clientes e não clientes, a necessidade de centros de processamento cada vez mais robustos é uma realidade inevitável.

Hoje, o que se sabe é que o Open Finance ampliará as transações financeiras e, naturalmente, gerará mais dados, tornando os Data Centers peças ainda mais estratégicas para as organizações do setor.

Quer saber como esse movimento pode afetar a sua empresa? Leia a seguir:

O que é Open Finance? Qual é a diferença do Open Banking?

Conceitualmente, pode-se descrever o termo Open Finance como a capacidade de acessar e de agir com base em dados financeiros compartilhados. Assim, criam-se experiências personalizadas, o ritmo da inovação é acelerado e a colaboração do setor financeiro em determinado país, também acelera.

Isso porque o Sistema Financeiro Aberto, como também é chamado, permite que todos atuem combase em informações financeiras para tomar decisões inteligentes, por meio de insights de dados qualificados.

É uma iniciativa que já está em prática em diversos países, como no Reino Unido, Estados Unidos, Chile, Colômbia e México, com resultados bastante positivos. E que já vem avançando em meio à população brasileira, com grandes expectativas.

Mas antes de falarmos especificamente do Open Finance, vale entendermos o conceito de Open Banking, seu precursor.

Open Banking

O Open Banking foi desenvolvido para que o setor bancário pudesse se tornar mais eficiente, seguro, transparente e inclusivo.

Para explicar de forma simplificada, ele habilita todo um ecossistema de informações bancárias acessíveis a diversas instituições, com a permissão dos proprietários dos dados, a fim de que realizem operações bancárias em instituições nas quais não são correntistas.

Assim, por meio desse Sistema Financeiro Aberto, todo consumidor – seja ele pessoa física ou jurídica – que tenha acesso ao canal digital de uma instituição participante, pode compartilhar suas informações de relacionamento, produtos ou serviços contratados. E, em troca, recebe recomendações de ofertas mais adequadas ao seu perfil, qualidade aprimorada dos meios de acesso já existentes e, principalmente, custos reduzidos.

E tudo isso ocorre por meio de uma experiência digital acessível.

Com o Open Banking, o usuário pode movimentar suas informações e serviços financeiros (ex: financiamentos, seguros, investimentos, cartão de crédito e extratos de contas) quando quiser. E com a instituição que escolher, o que traz uma nova perspectiva de relacionamento ao setor.

Desse modo, usufrui dos benefícios oferecidos por diferentes instituições, com maior visibilidade e controle de sua vida financeira.

Open Finance

Pode-se dizer queo Open Finance é o próximo passo para além do Open Banking por permitir a ampliação da troca de dados para instituições não bancárias, mas que lidam com informações financeiras, como seguradoras, corretoras e diversos tipos de fintechs, por exemplo.

Isso inclui empréstimos, crédito ao consumidor, investimentos e pensões. O sistema também permite uma integração mais ampla de dados financeiros com setores não financeiros, como saúde e governo.

No Open Finance, os consumidores concedem a terceiros confiáveis acesso à sua vida financeira, em troca de melhores experiências e soluções personalizadas. Tal fato, ainda, traz benefícios para a cidadania financeira, favorecendo a inclusão de quem ainda não é bancarizado.

Desse modo, Open Finance assegura a padronização do compartilhamento de dados e serviços, permitindo ao usuário que decida quando e com quem deseja compartilhar suas informações.

Mas mesmo que tenha o mesmo ponto de partida, é importante frisar que ambos os termos não significam, necessariamente, a mesma coisa. Existem algumas diferenças regulatórias e comerciais importantes que distinguem os conceitos de Open Banking e Open Finance.

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Sistema Financeiro Aberto no Brasil

Tanto o Open Banking quanto o Open Finance estão em alta no País, desde que o Banco Central do Brasil (BCB) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) implementaram a iniciativa. Isso porque são capazes de trazer inovação ao sistema financeiro do País, promovendo a concorrência e melhorando a oferta de soluções financeiras para o consumidor.

Segundo o estudo Key Takeaways, divulgado pela PwC em dezembro de 2021, até o final de 2022, a expectativa é de que a receita do Open Finance atinja a marca dos US$ 9,87 bilhões em todo o mundo. O relatório ainda aponta que, em especial no Brasil, há a expectativa da inclusão de milhões de brasileiros ainda desbancarizados (pessoas sem conta bancária) nesse modelo de sistema financeiro aberto.

Falando mais especificamente sobre essa seara, o Instituto Locomotiva apurou que 21% da população brasileira tem acesso precário ao sistema bancário. Consequentemente, especula-se que milhões de brasileiros sem contas bancárias poderão ser incluídos no sistema graças ao Open Finance.


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Impactos do Open Finance nos Data Centers

Como pudemos ver, em breve, milhões de pessoas estarão usufruindo de sistemas diferentes, graças ao uso de APIs (Application Programming Interfaces). Por sua vez, as empresas estarão compartilhando bilhões de dados, o que demanda investimentos em uma maior capacidade de operação por parte dos Data Centers.

Isso porque as transações precisam ser instantâneas, para garantir que cada correntista tenha controle total e imediato de seus dados financeiros.

Muitas das instituições tradicionais ainda mantêm infraestruturas de dados privadas e legadas que, sem dúvida, demandam vultosos investimentos financeiros e de tempo, de equipes especializadas, para promover sua modernização contínua.

Inegavelmente, seria altamente custoso que cada uma investisse na construção no ou aprimoramento desses Data Centers físicos próprios, de modo que possam oferecer uma capacidade de armazenamento de dados adequada a tantos usuários provenientes do Open Finance, mantendo atributos de baixa latência, velocidade e segurança.


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Data Centers remotos: solução eficaz para a modernização

Nesse cenário, em termos de investimentos e viabilidade técnica, uma das melhores soluções para suportar o exponencial tráfego de dados, com uma latência cada vez mais baixa, é o uso de Data Centers remotos mantidos por profissionais especializados. Entre eles, vale destacar os modelos de nuvem e o Colocation.

Desse modo, os Data Centers terceirizados funcionam não apenas como uma infraestrutura obrigatória, mas como peças estratégicas de negócios. Isso porque o modelo viabiliza a otimização do investimento inicial, garante o suporte de especialistas e, ainda, altos padrões de segurança física e de dados.

O Colocation Data Center permite soluções personalizadas e expansíveis, sob demanda. E isso ajuda, inclusive, grandes instituições, com maior tempo de existência, a escalar operações sem investimentos tão altos, algo que já vemos em muitas fintechs como um diferencial competitivo.

Victor Sellmer
Diretor de Marketing e Vendas da ODATA

Assim, a proposta é que as empresas de Data Centers atuem como parceiras estratégicas na criação de um setor financeiro mais robusto e aberto às possibilidades do futuro.


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