Infraestrutura para inteligência artificial: como os Data Centers estão se preparando para o futuro

Leitura de 7 minutos
28/01/25

Se, hoje, a competitividade é impulsionada pela inovação, como saber se a sua TI está preparada para sustentar o avanço exponencial das novas tecnologias? No cenário econômico atual, em que os dados são vistos como a principal alavanca de evolução digital, organizações de todos os setores enfrentam uma corrida estratégica para construir Data Centers mais escaláveis e resilientes, aprimorando sua infraestrutura para inteligência artificial.

À medida que aplicações como machine learning e IA generativa redefinem cadeias de valor inteiras, a capacidade de lidar com volumes massivos de dados e processá-los com eficiência deixou de ser um diferencial. Agora, é uma questão de sobrevivência no mercado.

Com isso, mais do que nunca, os centros de dados estão no núcleo da estratégia de aceleração digital, operando como estruturas de missão crítica. Para atender às demandas futuras, gestores de TI e provedores de infraestrutura precisam repensar seus ambientes tecnológicos, investindo em servidores acelerados, armazenamento de alta performance e arquiteturas ecologicamente sustentáveis.

Essa corrida por inovação está definindo o mercado e separando líderes de seguidores.

Neste artigo, exploraremos como a infraestrutura para inteligência artificial está progredindo para atender a essas demandas. Vamos analisar as tendências globais e regionais, destacando o papel do Brasil como um dos principais hubs emergentes da América do Sul. Mais do que acompanhar, é o momento de empresas e executivos de tecnologia liderarem essa transformação. Saiba como a seguir:

Crescimento global da infraestrutura para inteligência artificial: números e projeções até 2028

A modernização das infraestruturas para a inteligência artificial está em franco crescimento, consolidando-se como um dos pilares centrais da economia digital. De acordo com uma apuração da consultoria IDC, o mercado global de infraestrutura de IA alcançou US$ 31,8 bilhões no primeiro semestre de 2024, registrando um aumento impressionante de 37% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A expectativa é que esse segmento ultrapasse a marca dos US$ 100 bilhões até 2028, impulsionado pelo aumento na adoção de modelos de machine learning, inteligência artificial generativa e sistemas de automação em escala global.

Grande parte desse progresso está ancorado no avanço dos servidores com aceleradores incorporados, que já representam 58% dos investimentos em servidores para IA, e são essenciais para atender às demandas de processamento intensivo. Além disso, 65% do total desses investimentos estão sendo direcionados para ambientes de nuvem, onde provedores hyperscalers e empresas de serviços digitais lideram o desenvolvimento de infraestruturas escaláveis e altamente conectadas.

Por outro lado, muitas organizações tradicionais ainda enfrentam desafios para modernizar infraestruturas on-premises, muitas vezes limitadas por orçamentos ou expertise técnica.

Tendências do mercado regional

Regionalmente, os Estados Unidos mantêm a liderança como o maior mercado de infraestrutura de IA, respondendo por quase a metade do total global de investimentos em 2024. No entanto, outras regiões também estão acelerando sua participação: a Ásia-Pacífico, por exemplo, deverá registrar a maior taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 20% até 2028, enquanto o Brasil e outros países da América do Sul despontam como polos estratégicos em desenvolvimento.

Esse desenvolvimento sustentável reflete a confiança de governos e empresas privadas em IA como um motor para a evolução digital.


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América do Sul como polo de crescimento global para a IA

O Brasil está emergindo como um dos principais hubs globais de infraestrutura para inteligência artificial, consolidando-se como o coração do crescimento tecnológico na América do Sul. Dados recentes apontam que o País concentrará 75% dos investimentos regionais em Data Centers nos próximos anos, reforçando sua posição como líder em capacidade instalada e expansão. Esse avanço é propelido por uma combinação de fatores estratégicos: disponibilidade de energia renovável, infraestrutura em rápido desenvolvimento e localização geográfica favorável.

Além disso, o mercado sul-americano de Data Centers está projetado para crescer 68% até o final da década, com o Brasil desempenhando um papel central nesse progresso. Projeções indicam que o consumo energético regional atingirá 1.810 MW até 2029, expandindo a uma taxa média anual de 9,37% (CAGR). O País também apresenta crescimento robusto em receitas, que devem saltar de US$ 2,07 bilhões em 2024 para US$ 3,5 bilhões em 2029, refletindo o aumento da demanda por soluções de IA em setores como saúde, finanças e agronegócio.

Ao concentrar os maiores volumes de investimentos e abrigar cidades estrategicamente preparadas para suportar infraestruturas modernas, como Campinas, Fortaleza e Brasília, o Brasil consolida sua posição como um dos mercados mais promissores para inteligência artificial e Data Centers.

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Como a infraestrutura para inteligência artificial está transformando os Data Centers

A inteligência artificial está redefinindo os padrões de arquitetura dos Data Centers modernos. A florescente demanda por poder computacional tem levado à criação de clusters massivos, que expandem a capacidade de processamento a níveis que há poucos anos seriam impensáveis. Esses avanços são impulsionados pela necessidade de treinar e implementar modelos de IA cada vez mais complexos, exigindo servidores especializados e armazenamento de altíssimo desempenho.

Esse movimento não é apenas uma questão de escala, mas uma estratégia central para atender à inovação e aos novos padrões de consumo digital.

O aprimoramento da infraestrutura para inteligência artificial exige inovações que vão além da energia e localização. Algumas estratégias emergentes incluem a adoção de modelos de IA menores e mais focados, que consomem menos recursos computacionais sem comprometer a performance. Combinadas a arquiteturas de clusters distribuídos, essas abordagens oferecem um equilíbrio crítico entre escalabilidade e eficiência.

Outra tendência importante é o desenvolvimento de tecnologias mais enxutas e eficientes. Modelos menores e mais especializados de IA estão ganhando tração no mercado, reduzindo a necessidade de grandes clusters de processamento sem comprometer a eficácia.


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Sustentabilidade na infraestrutura de IA: desafios e soluções

À medida que os requisitos de infraestrutura se tornam mais desafiadores, surge uma pressão significativa por eficiência energética e sustentabilidade. Modelos de IA, especialmente os que envolvem machine learning em larga escala, podem consumir até dez vezes mais energia do que os sistemas tradicionais. Com a demanda global por processamento e armazenamento aumentando a cada ano, encontrar soluções sustentáveis se tornou uma prioridade estratégica.

Com Data Centers consumindo volumes de eletricidade cada vez maiores, muitas organizações estão migrando suas operações para locais que oferecem climas mais frios e acesso a fontes de energia renovável. Essa abordagem não apenas reduz custos operacionais, mas também se alinha às demandas globais por práticas mais sustentáveis. O resultado é uma nova geração de Data Centers projetados para serem eficientes, resilientes e ambientalmente responsáveis.

Além disso, há um esforço crescente para implementar sistemas de resfriamento mais eficientes – como o Delta³ – e para projetar arquiteturas que minimizem o desperdício de energia.

Paralelamente, avanços em energia nuclear para Data Centers e o uso de baterias de longa duração estão sendo explorados como alternativas para garantir a estabilidade energética. Adotar esse tipo de inovação será essencial para que as empresas consigam equilibrar crescimento tecnológico com responsabilidade ambiental.


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Estratégias para os próximos meses

A infraestrutura para inteligência artificial está no centro da revolução tecnológica global, moldando mercados, cadeias produtivas e estratégias corporativas. Desde o avanço do mercado global até o papel estratégico do Brasil e da América do Sul neste cenário, os dados são claros: a evolução digital impulsionada pela IA exige investimentos robustos e inovadores em Data Centers. Para líderes de tecnologia, esse é o momento de alinhar decisões operacionais com as tendências do setor, antecipando-se às demandas futuras.

Além da expansão de capacidade, a sustentabilidade se apresenta como um desafio inevitável. A adoção de fontes de energia renovável, o uso de sistemas de resfriamento eficientes e a integração de modelos mais compactos de IA são apenas algumas das respostas emergentes para equilibrar crescimento e responsabilidade ambiental. A competitividade no mercado global dependerá da capacidade de implementar infraestruturas resilientes e alinhadas às melhores práticas de eficiência energética.

O futuro da inteligência artificial está repleto de oportunidades — mas também de riscos para aqueles que não agirem com visão estratégica. Este é o momento de investir em hubs inteligentes, explorar soluções sustentáveis e liderar a transformação.


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